Monday, August 28, 2006


"FORÇAS ARMADAS AÇORIANAS"

E a seguir a umas forças Policiais Regionalizadas, teríamos umas Forças Armadas Açorianas. Foi mais ou menos esta a questão levantada pelo dirigente comunista Aníbal Pires quando solicitado a pronunciar-se sobre a ineficácia das Forças de Segurança nos Açores. Mais de uma vez tive ocasião de dizer que os Açores estão ocupados militarmente e que são os açorianos na sua maioria despolitizados. Os poucos que restam deste terrível epíteto ou são colaboracionistas ou baixaram os braços. Estes três grandes grupos representam aquilo que somos. A maioria despolitizada e amorfa enquanto tiver “emprego” e arraial, copos e enxerga responderá a qualquer pedido de esclarecimento sobre a sua nacionalidade assim: somos portugueses! Os colaboracionistas dirão sobre a mesma questão: portugueses, claro! A restante população (os que baixaram os braços) afirmará mais baixinho: somos portugueses. Quem não perceber isto não percebe nada da história-política-económica-religiosa do povo ilhéu. O povo ilhéu é igual a outro qualquer, com a diferença que está rodeado de mar quer a maré esteja baixa ou assim-assim. A acrescentar a isto não pode fugir. Aqui é que reside uma grande incógnita. Esta só terá importância quando lhe faltar a paparoca. Reagirá a princípio como é natural mas se lhe enfiarem com uma potente força de repressão ficará manso que nem um coelho do mato no prato do abade. Durante quarenta e oito anos o povo açoriano foi transformado em mula de carga. Nunca deixou de ser português e se isso aconteceu algumas vezes no seu percurso histórico foi porque lho ordenaram. Obediência e falsa santidade é o que por aqui não falta. As forças de segurança e mesmo as forças militares sempre ou quase sempre estiveram nas mãos de açorianos. No tempo da repressão o sonho açoriano remetia-se ao paraíso das Américas. Ele (o povo) queria lá revoltar-se. Ele queria era fugir. Isso de pensar coisas da política é para os ricos! Os ricos são muito intelectuais... Em tirando-lhes o conduto que é como quem diz o lucro imoral das suas imensas actividades ficam furiosos e são os primeiros a procurarem o apoio da ralé (organizando-a) e do clero que com eles faz padinha e farinha exigindo muita reflexão. Daí o serem potenciais intelectuais. À ralé prometem o que lhe tiraram ou não lhe dão. À padralhada basta que sonhem com a perda de regalias para eles actuarem associados. O perigo, meu caro Aníbal Pires, não é termos Forças Policiais Regionais nem Forças Armadas indígenas que se pudessem articular em defesa dos interesses açorianos. O perigo é quando houver falta de... Se a nossa democracia açoriana só serve clientelas que colaboram entre si e entre si dividem os lucros o que não seria se essas mesmas forças estivessem ao serviço dos seus interesses (delas clientelas)? Isto é que é de temer. As putativas Forças Policiais Regionais e Forças Armadas indígenas estariam sempre em primeiro lugar ao serviço da “Zona Exclusiva Americana” e só depois se intercalaria no processo português. Sempre foi assim. Ou esquece-se o dirigente comunista de que os Açores não são independentes porque os americanos não quiseram nem querem. O seu raciocínio está deslocado. Preocupe-se com o emprego para a malta jovem, para esta não vir para a rua perturbar e engrossar a falta de segurança (que por enquanto é menineira) e que já faz reagir a sonolenta social-democracia sempre à espera de se entrosar na ordem-pública-poder-político de onde se arredou há já muito tempo por má conduta. Quanto ao senhor Alvarinho Pinheiro e o seu raciocínio acerca do tema referido, não percamos tempo com ele. Trata-se da direita zumbi e mítica cujos valores não se encontram (ainda) na Constituição.
manuelmelobento

Sunday, August 27, 2006


O PAGANISMO ECONÓMICO

O paganismo vive exclusivamente de ofertas votivas. Sem paganismo nunca se erigiria templos nem neles se concentraria a riqueza. Existe uma regra de ouro: henoteísmo. Isto é, preferência por uma determinada divindade. Nos Açores o henoteísmo toma uma forma “templária” só comparável às grandes religiões milenárias que tiveram existência explícita na Civilização Egípcia, terceiro milénio a.C. Os reis doavam vultuosas somas em ouro aos templos. Depois encorporavam-se em procissões rodeados de altos sacerdotes. Por vezes, o próprio rei era o sumo sacerdote. As estátuas dos deuses também se passeavam rodeados de altos dignitários. Havia música e festejos. Havia deuses mais importantes do que outros, isto é, tinham mais visitantes, sobretudo nos grandes aglomerados. Os santuários juntavam verdadeiras fortunas em jóias, ouro, estatuária em marfim e ouro, etc. Essas verdadeiras fortunas não serviam para nada. Só para ostentação! Estamos a falar do passado com mais de três mil anos. Esta tendência de aforramento inútil tão ao jeito dos pagãos impregnou-se nas civilizações vindouras. O Cristianismo imitando as religiões pagãs mantém um estilo muito esquisito para o gosto deste terceiro milénio que decorre cheio de satélites “dentro de casa”, telemóveis de terceira geração, computadores “misteriosos” que falam e vêem como pessoas ( credo!) e que até levam as polícias a descobrirem coisas íntimas dos mais inocentes... O Cristianismo mais parco em deuses, pois só utiliza quatro, também estendeu a divindade a outros seres outrora vivos, mas de menor dimensão. Mas a questão que se levanta é que hoje em dia o Criador pouco serve aos ofícios religiosos. Nunca aparece. Dizem que é um ser só espiritual e de pouca visibilidade. Porque é de raiz judaica parece que não há muita vontade em fazê-lo comparecer materialmente entre os fiéis (Os fiéis não o compreenderiam certamente). Cristo tem a sua representatividade em estátuas e pinturas. O povo não liga muito às pinturas. Gosta mais de estátuas sólidas. Tem no sangue aquela veia pagã que atravessa séculos sem se modificar. A mãe de Cristo veio mesmo a calhar para que todos os desígnios espirituais se materializassem e substituíssem o velho Jeová muito pouco comercial nos tempos que correm, para Roma. Por tudo que é sítio a Senhora já tem estátuas, templos e santuários. Tem sido muito rendosa e lucrativa para a Fé. Entretanto, outro deus se está a impor na aderência dos piedosos festivaleiros: o Espírito Santo que toma a forma de uma coroa com uma pomba branca encimada moldada em prata ou numa bandeira. Não há ninguém que não goste do Senhor Espírito Santo. Ainda o outro dia, a RTP/Açores apresentava uma peça em que perguntava às pessoas o que é que ele representava para elas. De repente, uma senhora que tinha estado a cortar carnes sem poder por ser doente respondia assim: “as minhas pernas ficam muito inchadas, mas é tudo por conta do Senhor Espírito Santo. Dá-me muita alegria esta festa com todos a comer as nossas sopas.” A Igreja ainda não vai muito com a cara do Senhor Espírito Santo – não dá lucro – mas como o povo adere em massa e ela não quer perder o controlo toca a abençoar tudo o que mexe por causa das dúvidas. Há quem defenda que isto não é paganismo ao mais alto nível. Realmente, se um bilião de pessoas no mundo, incluindo o bispo de Timor, acreditam, quem é que tem coragem para pôr em causa estátuas vestidas de algodão ou de veludo “cotlè”, a quem chamam imagens materializadas? – o que também não deixa de ser uma outra santa grande invenção: materializar uma imagem? Só mesmo de Roma! Valha-me Amôn-Rã...
manuelmelobento
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Saturday, August 26, 2006


afinal havia um leitor

manuelmelobento
lança
sobremim I/II
na rua

azorpress
como está a decorrer a venda do seu último livro de diálogos?

mmb
até agora consegui oferecer um. o que para mim é muito importante.

azorpress
por que razão ultimamente escreve com minúsculas?

mmb
é que fica mais próximo do nobel!

azorpress
se ninguém o lê por que insiste em escrever? não se podia dedicar a outra actividade?

mmb
só escrevo por causa das insónias. que mais se pode fazer à noite com a minha idade?

azorpress
de que assunto trata o livro?

mmb
se lhe dissesse é que ficava sem leitores.

azorpress
como conseguiu descobrir um leitor?

mmb
era um amigo que estava a subir a minha rua.

azorpress:
em que sítios se pode adquirir a sua obra?

mmb
qual obra?

azorpress
que representa a literatura para si?

mmb
a amizade de um editor.

azorpress
quem é o seu editor?

mmb
eu me mi migo
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Friday, August 25, 2006


O PADRE MÁRIO

Depois de sair da prisão de Caxias foi ter com o Bispo do Porto. Este despediu-o. Tinha sido preso por pregar o Evangelho. O povo faz-se ao paganismo e a Igreja apoia. A vidente mentiu. O futuro de Portugal será sem Fátima. Fátima é uma fraude. A Igreja e o Salazar aproveitaram o fenómeno para manipularem o povo. Estas e outras coisas disse o célebre padre Mário a quem a Igreja Católica escorraçou e a quem o Estado laico português não liga nenhuma. Que a Igreja o faça, está dentro da sua metodologia. A Igreja Católica é uma organização de cariz económico e rege-se pelo lucro que cada santinho permite. A Igreja Católica é promíscua. Em pleno século XXI fomenta um paganismo atentatório à inteligência humana. Ela é e sempre foi o exemplo de tudo quanto é mentira alimentada. Uma tristeza! Vivemos em democracia. Ela tem tanto direito a existir como qualquer outra seita. Tem é de pagar impostos! Penso que não o faz! Mas também o futebol e outras actividades “desportivas” se escusam... A aliança e promiscuidade do Estado português com esta bandalheira intelectual é que é preciso combater. Este conluio atrasa anos e anos o desenvolvimento sócio-económico deste país que não passa de um projecto europeu. A RTP2 passou a peça às quatro da madrugada! Que tristeza! Para quê? Está com medo que a Cúria lhe aperte os casulos? Portugal é o submundo à superfície. Intelectualmente estamos atolados na verdadeira imundície, mas não desesperemos. Ainda temos governantes laicos!
manuelmelobento
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Thursday, August 24, 2006

URBANO RECLAMOU

Na introdução à entrevista que saiu no azorpress, no dia 21 de Julho, com o Pintor Urbano, ocorreram algumas incorrecções. O pior de tudo é que perdi as alterações que Urbano me enviara por carta. E agora? Agora, tão depressa dê com elas entre os montes de papéis com que me enrolo, farei o possível por publicá-las.
Desculpas esfarrapadas? Por enquanto!
manuelmelobento
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Monday, August 21, 2006


GOMORRA

"PADRE ILÍDIO

A Rosário é muito boa moça. Trato-a como se fosse da família. Sempre que ela quer, dorme comigo."
Levanta-te e Ri - SIC - 21.8.06
Interpretação do actor Fernando Rocha
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Sunday, August 20, 2006



SOLANGE VIEIRA

Em SODOMA

Depois de ter ouvido Flor Pedroso e Rebelo de Sousa saltei para o programa que tem como apresentadora da RTP/Açores Solange Vieira, “Açores VIP”. “As Escolhas de Marcelo” entraram num ritmo muito regular e sonolento, daí que tivesse optado por Solange para desenterrar alguns signos. Tendo em conta que pertenço a uma Liga de Moral (1), olhei espantado para dois dançarinos que nas festas da Praia da Vitória pulavam. Ela de traseiro - perfazendo um ângulo tipo Eratóstenes quando descobriu no século III a.C. em Alexandria os graus da sombra de uma vara no solistício de Verão – enfiado no côncavo do cruzamento do tronco com os membros inferiores do par saltitante. A música a dar com eles no frenético da noite e Jeová lá em cima, no Paraíso, a congeminar o castigo a aplicar à Nova Sodoma açoriana. Credo! Que pecadores! A apresentadora trabalhando sem rede entrevistava cada um de per se. Trabalho difícil para quem no mesmo espaço fez falar todos os componentes dos vários estados etários, presentes na festa. Conseguiu arrancar discurso à miudagem, aos adultos e aos mais adultos sem nunca chatear os telespectadores que como eu saltam de canal quando a baboseirada ultrapassa os níveis higiénicos da paciência. O programa é leve e calha bem aos domingos antes de termos de mudar para a trampa dos filmes, em série, americanos ou desligar o aparelho. A peça não teve partes mortas nem gagas. Talvez, com mais condimento, venha de futuro a preencher uma grave lacuna de que enfermam todos os canais estatais. Espero bem que sim. Os Açores estão muito mudados. A vida nocturna fervilha por tudo que é poro cutâneo. Ainda bem! Só falta em São Miguel civilizar “alguns dançarinos” que diferem dos pitecantropos apenas no saltar da fogueira, para não ouvirmos as terceirenses afirmaram que só na Terceira é que a malta se diverte com estilo.
– (1) -Nas coxas.
manuelmelobento
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Saturday, August 19, 2006


RUI BETTENCOURT
Político, Especialista em Recursos Humanos

“ A acção para o emprego exige dos decisores políticos erro zero e esta nossa insistência em fazer cair estes (e outros) mitos e tabus vem da necessidade de partirmos para uma nova postura colectiva em relação ao emprego e em relação à nossa vivência autonómica, acreditando mais em nós próprios, na nossa acção, nos nossos resultados.”
in AO - 19.8.06
PS:
Esta é uma das poucas vozes socialistas que ainda não entrou (ideologicamente) em contradição!!!
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Friday, August 18, 2006


FERNANDO F. RAPOSO
Jornalista

“Bem sei que, certamente , seria demasiado pedir a este Governo, cujo Partido se opôs a esta Bandeira que é o nosso orgulho, que promovesse a difusão abundante de Bandeiras dos Açores para serem hasteadas em tudo quanto for sítio condigno e adequado, mesmo nos campanários de Igrejas e Ermidas e até nos Impérios do Divino.
Ou então, talvez haja alguma firma comercial orgulhosamente Açoriana que possa patrocinar a venda promocional da nossa Bandeira, como se fez com a da República, que apenas custava 1 Euro.”

in ME & MY SHADOW (CONVERSAS A SÓS COM A MINHA SOMBRA - Milhafres, aviões e outras coisas mais!
CA,18/8/06
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Thursday, August 17, 2006

JORDÃO BOTELHO
(Empresário, Estudante Universitário)

SOCIALMENTE FALANDO
Sou frequentador das Furnas. Tenho lá casa, vou a pé, de bicicleta, tanto faz! Quando alguém lá em casa fala para irmos às Furnas, eu já estou a caminho. A freguesia das Furnas está bem e recomenda-se. Há bons restaurantes e raramente falta pão. Tem um bom talho, frutaria, etc. Para lermos jornais temos de nos levantar mais cedo, até aqui tudo bem.
1 . O mesmo não posso dizer dos acessos do Norte e do Sul que estão em obras ao mesmo tempo.
2 . E aqueles acampamentos na estrada que liga Furnas à Ribeira Quente... Felizmente ainda não apareceu um carro descomandado.... Além de ser vergonhoso! Já não nos bastava o novo aldeamento do Pópulo!
3 . Eu costumo dizer aos meus amigos que a praia da Ribeira Quente é a melhor do mundo, o mesmo não posso dizer dos balneários dos homens. Uma vergonha! Digo só o dos homens porque a senhora que é responsável pelos mesmos, fez o favor de me mostrar os balneários das senhoras...
Porque é que o sexo masculino é assim?
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Wednesday, August 16, 2006


ENGENHEIRO LUÍS NETTO DE VIVEIROS
PRESIDENTE DO LIONS DE SÃO MIGUEL

azorpress:
Como encarar o problema dos “Sem-Abrigo”?

LNV:
“Cada membro do Lions tem a liberdade pessoal de apoiar os “Sem-Abrigo”. A questão é melindrosa pois eles não aceitam ser ajudados nem querem sair dos locais que escolheram para viver. Este é um problema a nível mundial. Nas grandes cidades, por exemplo, na cidade de Frankfurt, onde estive, logo pela manhã saem dos seus abrigos acondicionando os cartões onde se deitam e aquecem dando à cidade um aspecto que contrasta com a riqueza da capital económica da Europa. Lá como cá, os “Sem-Abrigo” não aceitam regras. Em Ponta Delgada, o Instituto Margarida de Chaves está apto a apoiá-los. Acontece que como são avessos a normas não se querem sujeitar aos horários. Daí que a solução para resolver o seu problema se torna muito difícil encontrar. O Instituto até lhes proporciona alimento e alojamento.”
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Tuesday, August 15, 2006

DR. JOSÉ DE ALMEIDA RESPONDE AO AZORPRESS:
ESTÁ DE ACORDO COM A IDA DE MILITARES PORTUGUESES PARA O LÍBANO?

JOSÉ DE ALMEIDA:
GOSTARIA DE NÂO TER DE RESPONDER A ISSO POR ME PARECER, NA CONDIÇÃO DE INDEPENDENTISTA AÇORIANO, QUE QUALQUER INTERVENÇÃO DE PORTUGAL NA POLÍTICA E NA GEOESTRATÉGIA INTERNACIONAIS DEVERIA MERECER-ME SILÊNCIO. MAS A VERDADE É QUE SOU DE OPINIÃO QUE PORTUGAL DEVERIA CUIDAR MUITO ERA DA SUA PAZ INTERNA.
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Monday, August 14, 2006

JÁ A SEGUIR:

SEVERIANO BELLICU

Não se trata de nenhum actor contratado pelo Leitão de Barros, não é nenhum balconista da Loja das Meias que em part-time passa umas roupinhas. Nada disso! É o último modelo de guerreiro logo a seguir ao herói de Vasco Pulido Valente: Paiva Couceiro. É Severiano Teixeira ministro da Defesa Nacional. “Olhemos” rapidamente para o passado. Dom Sebastião, não o do José Cid, mas o trombóide que resolveu ir conquistar areais no Norte de África. Não se sabe muito bem porquê. Com os gastos da brincadeira de guerra Portugal faliu e depois vendeu-se a Espanha. Todos nós ficámos-tornados espanhóis. Esta nacionalidade durou cerca de sessenta anos. Foi pena! Mas ficou a raiva contra Dom Sebastião – aquele que até aos vinte e quatro anos desconhecia o que era um falo entesado. Porquê a raiva? Ele passou a ser o Desejado porque havia quem em Portugal lhe quisesse sovar pelo disparate e pelo desastre económico a que nos arrastara. Como a política é a ciência da mentira e de outros encantamentos o Desejado (que era para levar uma tareia) passou a ser o Desejado para salvar a Pátria. A memória, que é uma merda, troca tudo. Quando o ditador Salazar mandou Portugal para a Guerra de África, a bosta de esquerda (só se tornou bosta depois do 25 de Abril – outra merda que a história transformou num outro encantamento) levantou a voz contra a guerra e contra a ida de soldados portugueses para aquele continente. Salazar meteu na cabeça dos portugueses (o que não é nada difícil) que África também era a nossa Pátria. Esta ideia foi aceite pela maioria. Quando se perguntava ao soldadinho do Estado Novo e do Zeca Afonso o que é que ele ia fazer para a guerra de África, ele respondia – ensinado por Salazar - que ia defender a Pátria. Coitadinho! Ainda o outro dia uma repórter da RTP1 perguntava a um soldadão português o que é que ele ia fazer para o Kosovo e obteve a seguinte resposta: defender a Pátria. Que o pariu, não só a ele mas também ao Salazar - aquele camponês de merda - que conseguiu mentalizar quem há muito só tem uma cabeça: o povo português. Ainda o outro dia ouvi Alberto João Jardim chamar cubanos aos portugueses. Não tinha percebido a analogia. Só hoje é que entendi. Os cubanos são enviados para vários palcos de guerra... E agora são os portugueses. Bósnia, Kosovo, Afeganistão, Iraque, Timor e ainda segundo o DN há mais uma dezena de palcos onde estão centenas de militares portugueses. Isto não tem graça nenhuma. Isto não é brincadeira. Nós temos o direito de saber em quanto monta as despesas com a guerra dos outros onde nos envolvemos, pagando-a, como perfeitos asnos chapados para não dizer outros nomes mais adequados. Bem, voltemos a Severiano o Belo – trata-se de um homem bonito! Creio que é um dos seus melhores requisitos para estar sempre no governo. Ah, também fala bem e é magistrado a tempo inteiro, isto quando não presta serviço no órgão de soberania da sua predilecção: o executivo. É ele o modelo do guerreiro português que vai por esse mundo fora visitar as tropas nacionais para lhes dar ânimo na defesa dos valores (não sei quais são! Estou baralhado. É da porra da idade!) Lembro-me da Marilyn Monroe que fazia o mesmo para elevar o moral das tropas americanas. Para ela não devia ser muito difícil. Era subir um pouco as saias no longínquo palco coreano para que a soldadesca, gritando de prazer, esquecesse as mortes e os estropiados. O que fará Severiano para levantar o espírito guerreiro dos portugueses? Talvez prometa que se algum morrer por bala terrorista seja enterrado no Panteão ao lado da Amália, acompanhado pelas missas de lamúrias do Dom Zé Policarpo, Cardeal Patriarca, e pelo balanço dos turíbulos de prata que ainda não foram parar ao prego. Estamos em guerra sem estarmos em guerra? Com o Hermano José de férias alguém tem de o substituir para entendermos o politicamente correcto. Ahr,ahr,ahr! Não estou a rir , estou é a chonar.
PS: Claro que as guerras não são todas iguais. A nossa em África era colonialista. E a guerra no Iraque o que é? Os militares portugueses em África eram crimonosos de guerra à luz da democracia americana. E agora que estão a fazer a cobertura da destruição sangrenta dos criminossos americanos o que é que são? Forças democráticas? Claro! Para que serve a memória? Sobretudo a memória de alguma esquerda portuguesa sempre cheia de valores pacifistas...
manuelmelobento
Mais comentários políticos em:


LUBÉLIA DUARTE
(Jornalista)

" ... o facto é que o conflito no Líbano, também está a passar nos Açores, com as consequências que podem daí advir para esta região e sobretudo, para a ilha Terceira
."
in Atlântico Expresso
14.8.06
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Sunday, August 13, 2006

SOLANGE VIEIRA
(Apresentadora)

"É isso uma sandes de fraqueza?"

Para um convidado, in "AÇORES VIP" - RTP/A - 13.8.06 Posted by Picasa


PROFESSOR/FLOR

A CÂMARA IMPERFEITA

No deserto imenso em que os comentários televisivos estão - a maré está baixa - os domingos com “As Escolhas de Marcelo” servem para pararmos um pouco para reflectir e pormos em dia as falhas que fomos encontrando durante a semana. Antes de especular e inventar sobre o diálogo Professor/Flor, devo fazer alguns comentários de “ordem técnica”. Para que o Professor brilhe é preciso que as questões levantadas pela jornalista sejam clarificadas pela realização do programa. Ora o que aconteceu foi que o realizador ou alguém por ele esteve a dormir. Por exemplo, quando assistimos ao programa “60 Minutos” damo-nos conta de que a realização é impecável. Tanto entrevistador como entrevistado têm o tratamento devido, e o tempo de antena de cada um é rigorosamente repartido pelo menos quando se expressa . Isto é, são ambos realçados quando intervêm. Hoje, na RTP1, aconteceu bagunça. Quando na maior parte das vezes Flor Pedroso intervinha a câmara fazia uma espécie de zapping e colocava a jornalista fora dos planos daquela. Como é? Trata-se de tempo de antena ao segundo e em cotas? Bom, posta a questão vamos à lição. À primeira rasteira de Flor o Professor não caíu: não estaria ligado o alegado plano com explosivos a bordo com a guerra de Israel? O Professor pensa que não. Temos que conviver com o terrorismo. A geração dos nossos filhos também. Eu penso ( posso?) que este terrorismo nada tem a ver com o terrorismo celular incontrolável e individualista. Estou a pensar nos Baader Meinhof, Brigadas Vermelhas, etc. Os actos de guerra pouco ortodoxos e criminosos de alguns países islâmicos fazem-me lembrar outros do tipo ocidental que ainda estão na retina daqueles que os observaram nos cinemas de “reprise” de ainda há poucos anos. Este tipo de crime tem chefes assumidos. Quando os EUA quiseram acabar com a guerra no Pacífico enviaram o “Enola Gay” para Hiroxima e foi o que se viu. Contra potências nucleares como a América e o Reino Unido que têm feito aquilo que nós todos vemos diariamente nos ecrãs das televisões contra o Islão, o que é que se esperava? Que eles atirassem uma tantas bombas atómicas para acordarem de manhã bem cedo ingleses e americanos? Não possuindo material nuclear, substituíram-no por tropas especiais: os Mártires de Alá. Existem Estados que os apoiam. Assim sendo são Estados terroristas. E a guerra passará a ser entre Estados islâmicos e não entre “militares religiosos” e Estados ocidentais. Alguns Estados ocidentais têm procedido como se o terror fizesse parte das suas Forças Armadas. Não estou a inventar. Neste caso não é preciso. Bastará ouvir Kofi Anan e apreciar as lágrimas de impotência do primeiro-ministro do Líbano perante o assassínio em massa de crianças, para além de assistir aos telejornais portugueses e estrangeiros para melhor nos inteirarmos das questões que colocam em risco a vida no planeta. Da maneira como as coisas estão a parecerem-se com o início da II Guerra, estamos aqui estamos todos envolvidos. Coisa chata porque já não posso gozar a minha reforma em paz. Se o Hezbollah não quer ser desarmado como poderá acabar a guerra. Se Israel não quer ser desarmado como poderá aquela ter fim. Esta questão por mim colocada só podia ser de um imbecil. Claro! Se entre 1947 e 1948 Israel destruiu 250 cidades palestinianas e correu com a sua população civil com muitas mortes à mistura, quem é que se pode fiar nestes tempos que correm em tais pacificadores? O Professor disse que o povo português não era tolo. Claro! O Professor ensina-o nas entrelinhas... Bem, quem quiser ter a certeza do que disse o Professor e o que perguntou Flor Pedroso que leia o DN (passe a publicidade). Vamos à questão (para mim) importante que Flor colocou ao Professor: proposta de queixa de Jaime Ramos, Presidente do Parlamento Madeirense, à ONU ameaçando/visando legalizar a independência do arquipélago por causa do atrofiamento económico que o governo de Sócrates prepara com uma lata de todo o tamanho aos ilhéus. O Professor deu a razão como princípio aos madeirenses. Estão em causa 128.000.000 de euros. A Administração Pública é pesadíssima. É uma máquina terrível! Mas não é ela parte integrante do Estado português? Trata-se, pois, de o Estado Português estar a fazer queixa de si próprio. Quem é que se atreve a não gostar de Portugal? Só quem não nos conhece!
manuelmelobento
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Saturday, August 12, 2006


O SENHOR MÁRIO MESQUITA E OS AÇORES

Portugal arde tanto ou mais do que o ano passado. O mesmo ministro, as mesmas bocas e sobretudo o mesmo fogo um pouco mais quente e alastrador. Prevenção? Nenhuma! Temos imbecis a governarem-nos? Não, nada disso. O que se passa é o costume. E o costume é Portugal. Portugal fecha para férias? Sim! É o costume! Morrem bombeiros, as casas dos pobres ardem e passados dois ou três anos lá vai o Presidente da Junta entregar uma casita toda remodulada e com casa de banho como acto político. Os merdia não perdem pitada! Coisa boa diz o novo inquilino! Se todos os anos é a mesma coisa por que razão havemos de estar a falar do mesmo? Convém. A questão é política. Mas não era sobre isso que eu queria escrever. Começo por Eduardo Lourenço. Uma grande cabeça portuguesa que vive em França. Bota faladura sobre o país que abandonou por motivos políticos. Vem a férias quando calha e sabe tudo o que por aqui se passa. Parabéns! O que fez para melhorar a vida dos portugueses? Nicles! Escreve e escreve muito. E depois? Depois tem espaço nas televisões. E quando morrer não se falará de outra coisa durante o tempo que os amigos estipularem que assim seja. Jorge de Sena, que já morreu, escrevia-se com Sofia. Eram cartas para cá cartas para lá. Uma treta de pieguices burguesas. O dr. Vamberto de Freitas disse que aquelas cartas eram imperdíveis. Para a literatura de mezinha de cabeceira, está-se mesmo a ver. Se eu fosse escrever sobre intelectuais que escrevem acerca de Portugal ao longe com a barriga cheia, nunca mais chegava a Mário Mesquita, indigitado para a FLAD. Qualquer coisa que por cá não sabemos o que é a não ser que o senhor Rui Machete toma conta há anos para benefício dos Açores... Mário Mesquita é um colaboracionista açoriano em Portugal. Usa os Açores para passar férias e para necessidades fisiológicas. Que eu saiba o resto é treta. Hoje, é professor de jornalismo a nível universitário. Sabemos que o jornalismo em Portugal está pior do que no tempo do ditador Salazar. É muito simples, aqueles que não alinham com as directrizes políticas do poder central deixam de ser jornalistas. Empregam-se noutras áreas para sobreviverem. O senhor Mário Mesquita colabora na imprensa portuguesa. Como o faz? A fazer fretes! Os Açores para ele não são motivo de política expressiva. Quando for tão honesto nas suas análises sobre esta parcela - que ainda é colonizada - como o faz acerca de Portugal, o senhor Mário Mesquita perderia todas as mordomias que lá tem papado. Ver-se-ia a mendigar um emprego na SATA ou em algum balcão de fazendas. Para ser escolhido como primeiro açoriano para um alto cargo na FLAD o senhor Mesquita não é açoriano. Aliás, nunca o foi. É mais um que serve o sistema. E sistemas sempre tivemos para que sejamos uma espécie de portugueses de segunda. É o senhor Mesquita um intelectual? Sou o primeiro a confirmá-lo. Mas um intelectual muito duvidoso no que diz respeito aos Açores. Lembro-me de o senhor Mesquita falar em Henrique Tenreiro, um grande fascista, comilão e cheio de tachos. Era, sim senhor! E o senhor? Quanto ganha? Diga-nos! Que tachos tem? Diga-nos! É que eram tantos os tachos de Tenreiro que a malta ficava confusa. E o senhor quantos tem? É só para comparar... Mais um? E Porquê? Para fazer sair os Açores deste saque? Oxalá que sim. A malta adorava uma análise das suas sobre os Açores, mas, claro, vista de cá. De onde o senhor saíu e nunca mais voltou...
manuelmelobento
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Friday, August 11, 2006

SILVIA RIZZO
(ATRIZ)
E O QUE É FEITO DOS OUTROS DEUSES? REFORMADOS? DESPEDIDOS?

in "REVOLTA DOS PASTÉIS DE NATA"
RTP2 - 11.8.06
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Wednesday, August 09, 2006


GUSTAVO MOURA

(Jornalista, ex-Mandatário da candidatura
à Presidência da República do Dr. Mário Soares)

“ A “RTP/AÇORES” conquistou um lugar ímpar na preferência dos açorianos, apesar de alguns “iluminados” muitos frustrados porque as realidades nada têm a ver com os seus devaneios gerados por ambições sem alicerce, tentarem fazer passar uma mensagem falsa. A “RTP/AÇORES” ganhou a popularidade que desfruta não apenas entre a população das nossas ilhas mas, também, e de forma bem evidente, nas comunidades açorianas radicadas no estrangeiro, porque leva a cada um uma mensagem realística, sem a sofisticação balofa de pseudo intelectuais, diletantes, humoristas sem graça, que se julgando muito ouvidos, peroram sobretudo, sem um mínimo de consistência.
Trazida para os Açores no período conturbado da pós-revolução de Abril de 1974, com intenções neocolonialistas , a televisão rapidamente se desembaraçou desse oculto objectivo dos centralistas enfeudados ao Terreiro do Paço e se transformou num poderoso instrumento de unidade dos açorianos, de reforço da sua unidade e consolidação dos anseios de uma autonomia democrática, fortalecida por uma orientação respeitadora
do espírito e dos interesses regionais.”
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Tuesday, August 08, 2006

INVESTIGAÇÃO CONCLUÍDA

Na edição de ontem, dia 8, do DN, a fotografia que ilustra a difusão e transposição das perguntas e respostas da rubrica "As escolhas de Marcelo" deu azo a que fôssemos obrigados a investigar o facto de aquela não condizer com a verdade histórica. A foto de início pareceu-nos que representava duas figuras de cera do Museu de Madame Tussauds-Londres. Contactada a responsável por esta instituição nada nos foi confirmado. Disseram-nos taxativamente que era engano. Portanto, trata-se de uma foto de arquivo. No passado domingo Flor Pedroso apresentava uma túnica preta com a gola debruada a branco cetim hinduísta, e não um casaco de malha preto com blusa clara e decotada em bico. Estou aqui estou à Carlos Castro! O Professor não vestia casaco escuro com gravata azul às riscas tipo Hernâni Lopes sem cachimbo. O Professor Lopes, diga-se em abono da verdade, era o ministro de Mário Soares que melhor vestia. O Professor Marcelo tinha uma gravata azul com pintas grossas brancas. O Professor parece, de facto, uma figura de cera pois está muito pálido. Ainda não tinha ido a banhos. O DN errou no facto foto-histórico. E isso traz, para nós que não perdemos os pormenores de enquadramento cenográfico dos nossos ídolos paradigmáticos, grandes dissabores. Neste momento, Portugal está adormecido e anestesiado, e é esta dupla que ainda nos anima neuralmente. Flor também está pálida. Professor e Jornalista fazem parte da mobília dominical dos caçadores de ideias "recheadas", coisa muito rara no país inteiro. Estar atento é uma espécie de paga pelo que nos oferecem.
manuelmelobento
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SOB INVESTIGAÇÃO

Como director responsável pelo www.azorpress.blogspot.com, mandei abrir um inquérito acerca das duas mais mediáticas personalidades do telecomentário. Tão depressa haja resultados estes serão de imediato postos ao conhecimento dos leitores. Devo esclarecer que tudo começou quando visionei a foto de Flor Pedroso e de Rebelo de Sousa no DN de 8 de Agosto.
manuelmelobento

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Sunday, August 06, 2006

FLOR PEDROSO/REBELO DE SOUSA

EQUILIBRADOS

O programa da RTP1 – “AS ESCOLHAS DE MARCELO” poderão a partir de agora passar a designar-se “AS PERGUNTAS DE FLOR”, ou melhor, “DAS PERGUNTAS DE FLOR ÀS ESCOLHAS DE MARCELO”. Parece uma peça de teatro à altura de um Eurípides. O Professor sabe as perguntas, Flor sabe as respostas e vice-versa. Tratando-se de questões internas de Portugal e dos temas da actualidade, com excepção dos assuntos “internos” das Regiões Autónomas, esta rubrica televisiva é até agora o que melhor temos a nível de “lição” política. E digo isto, porque o Professor arrepiou caminho na objectividade do discurso. Não quero com isto dizer (aos meus leitores, claro!) que o acertar das premonições se venham a concretizar. Cuidadosa Flor encetou o exame (são tudo notas!) com aquilo que está nas bocas do mundo: a Guerra do Líbano que para mim não passa de uma guerra que até agora e à vista desarmada tem dois interlocutores Hezbollah-Islão versus Israel/EUA-Ocidente. Como não sou eu a responder já me calo. Eis o Professor: daqui a duas semanas não há mais ataques. Isto se a Síria não descabeçar digo outra vez ... Os EUA estando por detrás e os falcões à frente do seu governo e com um Bush militar – essa foi a melhor boca do Professor – Israel não quer outra coisa senão que aqueles bombardeiem o Irão. Como poderá a ONU desarmar o Hezbollah? Qual a solução política para o travar? Que zona de tampão irá resultar da boa vontade da ONU prisioneira dos EUA? O Professor está preocupado com aquele que irá substituir Bush. Quem irá substituir o Bush fundamentalista das guerras serão os industriais americanos que lucram tanto com a guerra como com as mortes da juventude americana. Os americanos estão rodeados de sangue por todo o lado. Diz Flor: mais abaixo o Fidel. Sim. Miss Rice – a sangrenta - “os EUA são amigos dos cubanos” (espaço para risos). Não há regime sem Fidel! Professor, isso é um análise à europeu. Cuba não está sozinha. Esqueceu os pactos de sangue com a Venezuela, Peru, Irão, Brasil (mais discreto) e tudo quanto for anti-americano estará do lado dos cubanos. Era preciso fomentar uma guerra civil. Porém, isso já o filho do contrabandista de tabaco, o John Kennedy, tentou sem o conseguir. O Professor disse que os EUA não querem forçar os acontecimentos. Forçando é aquela desgraça. Não forçar não está na linha do Imperialismo Americano. Flor muito burguesa pergunta (ou responde) transição pacífica, como a da nossa vizinha Espanha? Franco, o facínora – esteve directamente ligado à morte de milhares de espanhóis (VPV dixit entre outros) mas deixou a sua “pátria” cheia de pesetas e ouro. Marcelo disse que inevitavelmente vai haver mudanças quando o ditador cubano cair de morto. Mudanças há sempre. Ele até já se acostumou aos dólares americanos. O Professor esteve mal quando disse que Freitas do Amaral chamaria nazis aos falcões que só alimentam guerras pelo mundo inteiro e nada respeitam. Hoje, quem conheça um pouco de história que outra designação para eles que puseram o planeta a ferro e fogo? Freitas foi o último berro de uma verdadeira diplomacia à portuguesa. Uma espécie de “orgulhosamente sós” mas mais ressabiado. Quando o Professor falou de economia eu fiquei na mesma pois nada percebo. Mas agradeço o conselho: cuidado com os juros, pois o Banco Central Europeu aumentou os juros. E eu a julgar que não era nada connosco. O Dr. Gualter Furtado é que explicou bem como é que vamos começar a gemer com a nova maneira de levar os açorianos à miséria se for aprovada a nova Lei das Finanças Regionais. Ai! OPA e Belmiro? O jogo do poker é mais interessante. Sempre se pode fazer bluff. PT para um lado Cabo para o outro. E tudo perante os accionistas que vão ser cativados pelo antigo marido da Margarida Marante (que engordou uns quilitos). Flor de novo. Ao colocar o tema do assassinato de uma vítima de morte efectuada por rapazes “educados” pelo Estado romeno, perdão, português disse/perguntou por que razão o MP abandonou a acusação inicial, alterando-a para actos de violência sem intenção de matar. Matar é matar disse o Professor inclinando a cabeça para o lado contrário do de Flor (ver fotos, ângulos de 33 graus). Perplexidade. Dois pesos e duas medidas. Enquadramento jurídico. A esquerda que se mete em tudo, fala de tudo e nada faz, teria visto com outros olhos se acaso Giselda não fosse homossexual. Falou do Parlamento. Pincelou-o. Quanto ao combate de Cravinho contra a corrupção deu-lhe 16 valores. E eu a pensar que Cravinho era uma múmia. Não esteve ele num Ministério do qual era o superiorato e fugiu por causa da JAE e seus desmandos? O melhor do Professor foi quando Flor Pedroso o obrigou a partidarizar o comentário. Manuel Monteiro. Vale muito. É muito bom! Mas ele mais o seu partido (PND) valem nada. Aqui é que me perdi de riso. O Professor mais o Einstein dão-me cabo da cabeça. Então, Manuel Monteiro mais zero não dá Manuel Monteiro? Ribeiro de Castro está perdido. A plataforma de direita não vale votos. Viva o Jorge de Brito! BENFIQUISTA e grande português. Livros? O Professor mostrou dois livros sobre os Açores e Madeira. Pode continuar a lançá-los. Retiro o que disse nas semanas anteriores. Também sou fundamentalista!
Ananases: Dois para o Professor, dois para Flor e um para o Nuno Barata por causa do roteiro turístico-fotográfico que fez da Ilha de Santa Maria.
manuelmelobento
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Saturday, August 05, 2006


Por uma questão de coerência a que me obriguei devo dizer que o telejornal das 20.00h de hoje, sábado, dia 5, foi uma boa surpresa. A apresentadora Patrícia Tavares tomou conta da pantalha com personalidade e domínio que caracterizam os bons profissionais. Sem tiques e com uma voz segura e bem colocada (por exemplo, Manuela Moura Guedes teria muito a aprender com ela, pois Patrícia não precisa de fazer trejeitos com a boca, lábios e nem com o cabelo para prender a atenção dos telespectadores) obrigou-me a ver com outros olhos a apresentação das várias peças. Eu confesso que tenho preconceitos políticos acerca da RTP/Açores, e isso faz com que eu não seja totalmente imparcial quando a ajuízo. Nada posso fazer contra isso senão anunciá-lo. A televisões na sua maior parte criam figuras públicas não pelo seu valor profissional mas mais pelo espantalho com que alguns se transformam para catapultarem o facies e de pulo em pulo acabarem por atingir o estrelato. Como não é o caso aqui fica o registo. Antes do mesmo telejornal, a RTP/A mostrou uma peça sobre os Ginetes. É sempre a mesma coisa. Passa ano e entra ano e só quando dói os dentes é que nos lembramos do clínico. Nemésia Furtado, a Presidente da Junta, demonstrou como o micaelense pode dominar a língua dialectal portuguesa de uma forma brilhante. Ao contrastar com a clareza dos argumentos estava aquilo para que foi relegada a freguesia dos Ginetes. Julgo ser necessário preparar a costa de São Miguel com antecedência. De outro modo a política de realizações está calendarizada pelos lamentos que cada Verão carrega. Não passam de lamentos de lamentos. O Casino “Imperial” está aqui está pronto e o resto? Não há gente inteligente que se afoite a coordenar este período de todas as realizações políticas com equilíbrio e previsão? Este telejornal teria nota máxima não fosse a presença oficial do dr. César nos tempos de antena inventados e a querer que todos juntos façamos uns Açores modernos e competitivos. Foi uma boca de Verão. O Sol queima e às vezes faz-nos vítimas de miragens. Isto é uma democracia. E esta caracteriza-se pelos partidos passarem todo o tempo a destruir e a criticar negativamente os adversários, principalmente os que estão no poder. Para acabar, devo dizer que neste telejornal as mulheres estiveram em maioria de qualidade e isso repercutiu-se no computo geral. Ainda bem, já basta de Partidos de Deus. Puxa!
manuelmelobento
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Friday, August 04, 2006

ENTREVISTA

O “azorpress” soube que a Tia Maria do Nordeste se preparava para ajudar a Secretaria Regional de Cultivo e Cultura com um programa da sua lavra a fim de superar o insucesso escolar açoriano. Daí que um dos nossos repórteres de serviço nocturno se tivesse adiantado a qualquer outro órgão de continuação sócio-popular e conseguisse apanhar a conhecida figura pública quando esta se preparava para alugar o seu burro às instâncias oficiais a fim de estas perseguirem o progresso viário de substituição ao combóio de alta velocidade. Eis a entrevista possível, pois a Tia Maria estava em cima do burro a tentar ensinar as autoridades a cavalgar sem excederem o excesso de velocidade com álcool.

azorpress:
Ó Tia Maria, o que é que a senhora procura atingir com o seu plano pedagógico?

TIA MARIA DO NORDESTE:

Escreve lá isso aí! Dar uma bofetada a rir é diferente do que dar uma chapada zangada. (Refreando o quadrúpede). Pára burro, que eu não quero ir já para o Nordeste!

azorpress:
Será que esse curso prepara quadros para a governação?

TMN:
Alguns já estão a estagiar. Só que devido à sua formação carrancuda torna-se difícil chegarem a governar com humor.

azorpress:
E que designação propõe para se denominar tal organismo?

TMN:
Secretaria Regional do Prazer e Prazeres.

azorpress:

Onde gostaria que funcionasse, no Coliseu ou no Teatro Micaelense?

TMN
Teria de ser instalada no Ilhéu de São Roque, que por enquanto é neutro.

azorpress:
Quem acha que seria o melhor aluno do curso?

TMN:
Como político seria o Dr
. José Contente.

azorpress:
Porquê?

TMN:
Porque é meio caminho andado, pois ele já é contente.

azorpress:
Com tanto chinês por cá, acha que vamos ter um Teatro das Sombras?

(O burro tomou o freio nos dentes. A Tia Maria aos berros ainda nos respondeu
.)

TMN:
Se aiiiiiiinda nããããão conseguiiiimos (o burro estancou e a Tia Maria caíu e já no chão puxou as saias para baixo) um governo sombra como é que vamos conseguir um Teatro ...Sombra?

(O povo juntou-se à volta da veneranda senhora e de entre dele saíu um
político de chapéu de palha na cabeça a quem a Tia Maria deu a mão para se levantar. O povo bateu palmas enquanto a Tia, depois de recomposta, sovava o burro com o guarda-chuva dizendo: ri-te burro que já vais ver o que custa o humor.)
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