Tuesday, September 26, 2006


ESTE ESTADO (PORTUGUÊS) A IR-SE NAS NOSSAS BARBAS

Quando no dia 14 de Julho p.p. a drª. Maria João Avillez examinou o primeiro-ministro na SIC/Notícias, o que mais sobressaiu das palavras deste foi a alegria pelas perspectivas futuras. Como a política é a ciência que serve para tudo, tenhamos em conta que ela até serve de pílula contraceptiva. Como sabemos, as mulheres - mais do que ninguém – quando a utilizam é para tirarem e darem prazer sem que depois tenham de sofrer por isso. O primeiro-ministro é sem dúvida um homem inteligente e bastante saudável. Tem um projecto para Portugal (inteiro) que apesar de o não ter declarado quando andava à cata de votos não deixa de servir o capitalismo europeu que todos os dias nos envolve e que a grande maioria da classe média-média, média e média alta anseia. Para “arrumar” a casa é preciso disciplina e sacrifícios, despedimentos (eles aí estão), cortes drásticos nas despesas e muito mais coisas que o velho ditador Salazar experimentou e que tão bons resultados deu. Recordemos que o povo era miserável, emigrava fugindo a salto para o estrangeiro para ir trabalhar e voltava com os bolsos cheios de divisas para maior conforto de meia dúzia de biltres a quem a Igreja Católica apoiava. O funcionalismo público na altura era muito mal pago. É verdade que tinha regalias aquando da reforma e o trabalho não matava muito. Não havia gordos - nem havia problemas de saúde por causa do colesterol - na Função Pública. Há sempre males que vêm por bem. Havia um Estado forte assente numa Constituição que servia os grandes desígnios nacionais (guerra e colonialismo) e ao mesmo tempo as apetências dos grandes parasitas económicos. O escudo chegou a ser mais forte que o dólar e outras moedas de referência. Pergunta-se para quê se nem dinheiro tínhamos para exagerar na utilização do papel higiénico (Os novos não percebem o que aqui se diz). Bem, vou abreviar porque me perdi. Cortes e ajustamentos na Função Pública podem tornar o Estado português de tal maneira fragilizado que corremos o risco de perder a independência nacional. Imaginemos só o seguinte: se neste momento dois milhões e setecentos mil portugueses não se importavam de se tornarem espanhóis, quando as coisas ficarem muito mais feias o que dirão os restantes sete milhões e trezentos mil nacionais? Eu posso afirmar olhando para as antigas sebentas da História que eles repetirão aquilo que disseram a D. António Prior do Crato que era neto do Rei Dom Manuel I: desaparece! E foi assim que Filipe II de Espanha tomou conta do nosso trono e nos tornámos espanhóis. Não se pode mexer na base do Estado sem se criarem alternativas. É que ser-se economicista no terreno dá origem a ser-se economicista no mundo das referências psicológicas. Foi isto que aconteceu aos portugueses-actuais-aspirantes-espanhóis que o inquérito difundiu. O senhor primeiro-ministro não pode nem deve meter-se em manobras que podem fragmentar o próprio Estado. Não há ninguém em Portugal capaz de o dignificar melhor do que aqueles que fazem o Estado SER: o funcionalismo público. E, digo isto, porque nenhuma outra estrutura interna está vocacionada para a defesa da nacionalidade. E esta, como todos nós muito bem sabemos, já foi muito mal tratada, trocada, diminuída, vilipendiada... por órgãos e instituições de ... elite... e isso não foi há tanto tempo assim...
manuelmelobento
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Monday, September 25, 2006


A POLÍTICA DO ARRECUO

O que vai seguir-se no folhetim Madeira/Nova Lei das Finanças Regionais está ao lume. Para Alberto João Jardim começa uma nova etapa política. De definição? Parece-me que não! A Madeira está definida politicamente no quadro português. Só resta à Madeira recuar (nas bocas, claro). Portugal, Madeira e Açores estão condenados a ser um só e um não só ao mesmo tempo! São coisas que só nós sabemos fazer. É uma espécie de oportunismo face à nossa maneira de sobreviver e ao respectivo treino centenário. Todos os povos têm a sua. Haverá de futuro, uma maior prática harmónica de descentralização de órgãos políticos de decisão. Com a medida restritiva que corta à Madeira uns bons milhões de euros (fala-se em quarenta), o Governo socialista vai abrir a bolsa do liberalismo como contrapartida. O contrário seria um reviver de uma cultura colonial. Com os nacionalismos da União Europeia a reacenderem-se, Portugal teria de reformular atitudes pacíficas de combate às aspirações dos habitantes das ilhas, isto porque terrorismos não fazem parte de reivindicações arquipelágicas. Não mexendo na base popular de apoio, consubstanciada no emprego público e nas ajudas sub-reptícias que mantêm as ilhas como zonas de quase lazer, Portugal toma um sentido indiscutível de amigo e de Pátria fundadora. Esta política racionalista e emotiva tem tido os seus frutos no anular de uma identidade ilhéu. Prolonga-se aquilo que se mete pelos olhos dentro. Mas, que passa despercebida conscientemente pois a cumplicidade está transformada numa mornaça económica. Ainda bem para o povo. Porém, o património esgota-se para um certo capital de grupo que os ingénuos desconhecem e que não habita por cá. Comparando com o resto do mundo que vive atribuladamente vamos dar-nos por satisfeitos. É uma atitude inteligente. O que é raro. Ah! E a Madeira não vai fugir à regra. Jardim passará à História da Madeira como um dos grandes. Não comparando, é como os Grandes de Espanha que fizeram Espanha – a Grande Espanha. A Madeira nos tempos mais próximos vai a contas. E por que não? Não tem nada a temer. Não foi ela que fez a revolução. E esta já não pode ser recordada a não ser para os livros de História por causa da memória que é curta.
manuelmelobento
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Tuesday, September 19, 2006

A NOVA PROCURADORA GERAL DA REPÚBLICA

Foi nomeada Procuradora Geral... pára! Pára!

Dizem-me dos serviços de informação do azorpress de que afinal o nome para este cargo é masculino e não feminino. O azorpress errou (aqui copio os grandes).

Nota:
As mulheres que são a maioria de votantes ainda não perceberam que têm de se unir para alterarem a situação. Nem sequer são consultadas para contarem os feijões. Que tristeza! Que tristeza de mulheres digo eu!
manuelmelobento
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Monday, September 18, 2006


TURISMO E PILANCAS

Dei por mim com um livrito de apontamentos a fazer uma pequena espécie de estatística. Ora lá vai uma, ora lá vão cinco louras nórdicas a passearem nesta cidade de Ponta Delgada. Apontei: seis. Persegui-as. Não é o que estão pensando. Olhei-as de frente. Bolas! Eram mais velhas do que eu. E eu já tenho descontos nos transportes, preciso de óculos para ler ao perto, a barba está branca, e apalpar as nádegas de uma galinácea qualquer já só serve para atrasar o prenúncio do Alzheimer. Sentei-me num banco da Avenida. Como é diferente o turismo micaelense... Há anos quando tive oportunidade de viajar por zonas turísticas aqueles fósseis não sonhavam sequer que os Açores existiam. Algumas ainda não siliconizadas procuravam outros destinos portugueses tais como a Madeira, o Algarve e até mesmo Lisboa. Safavam-se e muito bem. Freudavam com o chamado macho latino como quem deglutinava os caracóis da Amália e podiam chorar por mais. A malta não queria que lhes faltasse nada. A mini-saia trazida por elas fazia as vezes das actuais telenovelas brasileiras. O Estado Novo não as proibia, só não as queria ver em biquini, por causa do pessoal do Entroncamento. Os anos foram passando, o Galileu acabou por ter razão e o preservativo veio dar muito jeito. Porquê só agora vêm as nórdicas cheias de refolhos para aqui? Andou-se a propalar por esse mundo fora que isto aqui era um grande lar para a terceira idade? Terão subsídios para nos visitarem? Não comem em restaurantes! Que irão fazer no novo casino? Quando este estiver pronto entrarão de cadeiras de rodas e com o saquinho das compras feitas nos minimercados das esquinas ou da praça? Virão perfilar-se nas listas de espera do Hospital do Espírito Santo aproveitando a cidadania europeia? A venda dos Açores como está a ser feita? O secretário da economia já fez um apelo para nos prepararmos para o turismo que está a chegar. Mas quem virá e o que poderemos oferecer? Serviços? Leite? Queijo? Gastarão euros? Perdão cêntimos? E se fizéssemos um levantamento a sério sobre o que ganhamos com tal turismo, para não estarmos a trabalhar para o boneco como de costume? Quantas unidades hoteleiras são “nossas”? Que percentagem dos hotéis da Madeira pertencem aos madeirenses para compararmos? Os autóctones apenas servirão para serviçais? Em 2013 até as tetas das vacas açorianas hão-de secar. Bem, mas pode haver alternativa: é silicone para cima. Ao menos se os turistas resolverem fotografá-las elas parecerão vacas bonitas.
PS: perdeu-se a oportunidade de encararmos o turismo como fonte de grande rendimento há vinte anos. É verdade que temos mais camas! Mas as camas servem para dormir, acho eu. E o resto? O que está a fazer vibrar os Açores são os residentes! Este turismo não nos serve e estão criadas expectativas ilusórias! Se assim não fosse para que estava Duarte Ponte a pedir auxílio neste fim de Verão? Se a política de turismo tivesse resultado, o responsável pelo pelouro estaria neste momento a fazer contas a um grande êxito e a propalá-lo festivaleira e politicamente. Não foi! Só nos resta lembrar Alceu Carneiro: “conclusão concluída...”
manuelmelobento
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Sunday, September 17, 2006

AS PALAVRAS PRECISAM DE PRESERVATIVO


Bento XVI assumiu uma posição assustadoramente imperialista e europeia.

O QUE FALTOU DIZER

Não passa pela cabeça de ninguém que uma das pessoas mais cultas deste século, professor numa das mais prestigiadas universidades do mundo, tivesse proferido uma série de conceitos conjugados societariamente no destempero e na distracção. Nunca um bispo nem mesmo um simples cónego fariam tal “leitura” imperial. E porquê? Precisamente porque estariam envolvidos num escândalo e teriam de se retractar caso essa não fosse a intenção do Vaticano. O Papa programou todas as etapas para justificar aquilo que entendeu ser o seu papel de Imperador Europeu. A Europa tende a condenar os “feitos” dos americanos (os ingleses já estão a tornear o seu papel de cúmplices pois vão dispensar os serviços de quem os atolou - Blair), embora no início tivesse havido uma espécie de acordo táctico no apoio à guerra de retaliação ao 11 de Setembro. Os europeus perceberam, que uma vez os Direitos do Homem caídos na ignomínia pelos defensores da democracia, da boa justiça e dos bons “cowboys”, estavam a dar cobertura a uma segunda edição do Holocausto - muito mais descarado e violento - que tinham em consciência de optar. Ainda há muito indeciso acerca dos valores da actual Cristandade... O Papa apercebendo-se desse resvalar da opinião pública para com com as vítimas (cem civis – entre crianças e mulheres - morrem por dia no Iraque) não tinha outra saída político-religiosa para estancar essa previsível e perigosa viragem senão falar. O alerta estava feito. Frio e calculista eis o Académico-Papa! Fizeram (os inimigos) uma interpretação errada às suas palavras. Sendo alemão e falando alemão deu origem a enganos... Não dá para chupar! Se ele representa o Cristo das duas faces esbofeteadas, da humildade e do perdão por que razão em vez de ajoelhar e retractar-se elabora um texto politicamente correcto e religiosamente intratável que não satisfez a quem hipoteticamente teria ofendido? Cristo está mal representado! Ora se está! Mas a questão não pára por aqui. O Papa é a cunha americana para as consciências europeias. Quem melhor do que ele para travar a suspeição que se está a levantar como tempestade do deserto contra a América com o impasse, o medo e o exame de consciência que a guerra está a criar? O Senhor Ratzinger fez um favor à América combinado com a administração Bush. O Papa sabe que pelo caminho que as coisas estão a tomar, nada melhor que uma Guerra Santa do nosso lado para que o poder não caia na rua, ou como quem diz se espalhe por outras seitas. Amen!
manuelmelobento
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Saturday, September 16, 2006

MUSEU CARLOS MACHADO
Nota:
A fotografia do Director do Museu é da minha autoria. A primeira litografia é de Francis Bacon. A segunda é de Picasso. O Dr. Duarte Melo ficou entre os dois de propósito. Não costumo ir a inaugurações nem ao primeiro dia de qualquer exposição de pintura. Desta vez, não resisti. Há muito que não tinha contacto directo com os universais da pintura. Por isso, lavei-me, perfumei-me e lá me dirigi para o salão da exposição. Nas inaugurações as pessoas preparam-se mais para se olharem umas às outras e põem-se na conversa. Esta, geralmente, trata de morcelas e chouriços se for em São Miguel. Se for em Portugal (C) o tema são as alheiras. Percorri o enorme salão e gostei do que vi. Embora, não tivesse conseguido apreciar melhor algumas obras a uma distância razoável (porque alguns convidados conversavam de costas voltadas para elas), a verdade é que saí mais lavado do que entrei. Banho de cultura, diga-se. Hei-de lá voltar com mais calma e saborear a sobremesa. A perspectiva em causa e a motivação estão lançadas. Saibamos apreciá-las. Ao menos para nos aproximarmos de outros lugares e de outras visões. Esta exposição que se denominou "Estrangeiros nas colecções privadas - de Bonnard ao século XXI" contém obras de Bonnard, Sonia Delauney, Max Neumann, Michel Haas entre outros.
manuelmelobento


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Friday, September 15, 2006

ACORDO LITERÁRIO

GUILHERME de MELO BOTELHO, propriétário do conhecido Café Clipper, assinou um protocolo com o autor do desconhecido êxito "O SEGREDO DA FARINHA DE MILHO TORRADO E O PARAÍSO DAS RATAS" entre outras "obras" e que consiste nos seguintes andamentos: o cliente pode ler a obra por apenas 10 cêntimos; não pode o mesmo lê-la duas vezes nem levá-la consigo. Ou compreende à primeira ou não há nada para ninguém! O livro é sempre propriedade do autor. Os 10 cêntimos são para dividir pelos dois. Guilherme Botelho substitui assim o senhor Calouste. A literatura açoriana está de parabéns.
O autor manuelmelobento é o responsável por
esta notícia.
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Thursday, September 14, 2006

Conclusão da grande reportagem literária no Café Cliper

Da esquerda para a direita

lº. Cliente: acredito no autor (e eu também)!
2º.Cliente: sem ler não comento. Em jeito de adenda: mas gostei da capa. (Ainda bem porque fui eu que a desenhei)
3º. Cliente: gosto da árvore logo delicio-me com o fruto. (De acordo!)
O dono: não há dúvida que são pesados. (Confirmo, pois fui eu que os transportei)


Nota do autor:
É por estas e por outras tais que continuarei a escrever!...
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ÊXITO NO LANÇAMENTO

Foram lançados (por mim) quatro livros no Café Clipper: três de crónicas proibidas e um diálogo. Aos clientes pedi para os fotografar segurando a minha "obra". Todos acederam. Depois, os livros foram colocados numa montra interna. Por ordem do dono, Guilherme Botelho, não é permitido a ninguém levá-los: "pagam mas não levam o livro!" Eu também estou de acordo. Só não publico uma foto de uma figura pública que também segurou num deles, apesar de ele ter permitido, porque tem um familiar muito doente. Daqui desejo as melhoras. Depois resolvi questioná-los sobre o conteúdo dos mesmos sem lhes ter permitido lê-los. Seguem daqui a pouco as suas respostas.
manuelmelobento


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Wednesday, September 13, 2006

NOTÍCIAS ALARMANTES

O DORMITÓRIO DO CONVENTO DE SANTA BÁRBARA LUZ DIVINA VAI FINALMENTE SER RESTAURADO. AI QUE BOM! AMANHÃ MESMO VOU PROCURAR CONFIRMAR JUNTO AO DR. DUARTE MELO SE SE CONFIRMA TAL NOTÍCIA. LÁ SE VAI A JANELA INDISCRETA DA MINHA CATEQUISTA PARA BEM DA HIGIENE E DO PATRIMÓNIO. E EU QUE ESCREVI EM 27 DE JUNHO NO www.azorespublicum.blogspot.com UMA TERRÍVEL CRÓNICA. PERDOAI CULTURAL SENHOR! QUE EU PELO MEU LADO ME RETRACTAREI.
manuelmelobento
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Tuesday, September 12, 2006

O GLORIOSO SÉCULO DE CÉSAR

CENTRAIS SINDICAIS PACIFICADAS E FORÇAS PARTIDÁRIAS NEUTRALIZADAS DÃO A CÉSAR A IMENSA GLÓRIA DE MANDAR E GOVERNAR HARMONIOSAMENTE.
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Sunday, September 10, 2006


GEORGE BUSH
E BIN LADEN

Neste ano de 2006, tanto um como o outro – ou vice-versa – ainda não foram julgados pelos crimes de que são acusados: terrorismo, terrorismo de Estado, invasão e destruição de partes de cidades e dos seus habitantes, crimes de morte física dos adversários apanhados desprevenidos – alguns deles jornalistas – violação dos Direitos Humanos, retenção de suspeitos em locais secretos, morte de inocentes, morte de crianças, morte de mulheres, etc. Como é domingo, é melhor parar por aqui, senão não chego a ouvir as respostas de Marcelo nem vejo a Solange Vieira a dar vida aos mortos, apesar de estes terem sotaque. Fiquei a saber que nem Bush e companhia nem bin Laden e fundamentalistas apresentaram queixa em nenhuma esquadra policial. Daí que se trata de crimes à revelia das entidades competentes. Não respeitaram os procedimentos legais de uma sociedade civilista. Parece-me que a questão é exclusivamente militar. E digo isto porque ambos apresentam-se armados no campo de batalha. Ambos fazem declarações de guerra e sobretudo acusam-se mutuamente. Uma vez que não foram julgados nem condenados presumem-se inocentes. Não me cabe julgá-los pelo que as encenações televisivas propagandeiam. As aparências não fazem o meu gosto. Tanto assim é que eu detesto mulher com silicone. Também não vou com cara de nenhum deles, apesar de bin Laden parecer-se com um Cristo místico quando andava de barbas no deserto a filosofar e ter um ar inteligente de pessoa superior. Nem vou pelos ares de abnóxio iletrado de Bush. Seria cometer uma injustiça ao nível dos dois. Não o faço! Pronto! Tanto um como o outro apelam ao seu Deus para destruir o adversário. Ainda bem que há mais deuses, porque parece que os deuses a quem apelam não são para brincadeiras. Matam que se fartam quando se zangam. Convém, não esquecer que enquanto um dos dois acusados tem tropas que sobrevivem no deserto comendo gafanhotos, tal qual o decapitado e mestre de sobrevivência João Baptista, o outro fornece cachorros quentes, bifes de lombo e coco-cola fresquíssima aos seus soldados. Ambos matam muitos adversários e amigos, mas com uma grande diferença: os bushianos fazem todos os dias a barba enquanto os outros a deixam crescer cumprindo assim os versículos divinos. Enquanto um promete medalhas e condecorações e um lugar no Céu, o outro arranja setenta virgens para consolar os heróis mortos e também um lugar divino. As famílias dos soldados mortos recebem subsídios vitalícios para continuarem as suas vidas. Enquanto os companheiros de um se manifestam nas ruas empunhando fotografias dos guerreiros mártires os do outro vêem o seu nome em lápides de mármore muito pesadas. Enquanto os soldados de um fazem guerra e têm hipóteses de voltar para casa vivos e/ou estropiados, os outros soldados sabem que a guerra tem um só sentido: a morte. É uma grande diferença que convém não esquecer. Quanto ao quantitativo das tropas, a diferença é abismal. Enquanto um tem o número e o nome em ficheiros, o outro encarregou o seu Deus de os inscrever secretamente e sem referências. Enquanto um ocupa um cargo e está sujeito a ser assassinado pelos seus sempre que mexer em interesses dos instalados, o outro manda matar todo aquele ou aqueles que traem os princípios do Estado confessional. Ambos têm em comum o gostarem muito de petróleo. Enquanto um quer comprá-lo para o vender, o outro quer vendê-lo para comprá-lo depois de transformado. Daí não se entenderem no preçário. Depois disto tudo que aqui foi dito, quem vai julgar quem? O mais forte, claro! Neste mundo ninguém está seguro. Saddam Hussein que era Chefe de Estado teve de se esconder num buraco. Foi apanhado e provavelmente será “enforcado”. As freiras são violadas nos conventos pelos “republicanos”; os turistas são assaltados, roubados e algumas vezes mortos; as crianças são raptadas, sequestradas e assassinadas; o Dalai Lama tem de fugir para não ser garrotado; à Marilyn Monroe não deixaram que acordasse; os líderes do Partido de Deus são mortos ao pequeno almoço por obuses aéreos; os passageiros dos combóios espanhóis e ingleses morrem às centenas quando se dirigem para o trabalho; estar numa mesquita, por vezes, dá direito a partir mais cedo; almoçar num restaurante ou se é roubado por clonagem de cartões de crédito ou o bife explode; os Estados ditos civilizados vendem armas a governos genocidas; as “criancinhas” matam travestis nos tempos livres; no Livramento/Ponta Delgada não se pode sair de casa; o Eduardo Prado Coelho continua a escrever; as mulheres já não podem pintar os beiços nos aviões; os foguetes das festas a Nossa Senhora abrem a cabeça a quem os deita para o ar; a família portuguesa-doméstica e cristã é acusada de matar os filhos e as “esposas” com maus tratos; os crocodilos matam os gnus todos os anos; as tropas aliadas do Ocidente especializam-se na destruição de civilizações; as mulheres são vendidas e compradas por redes especializadas; o Papa acredita em Deus e no criacionismo; o Marco Paulo perdeu as eleições da cantoria e ainda dizem que o fim do Mundo está para breve... E pergunto eu: para quê? Só se for para acabar com os inocentes que ainda restam criados à semelhança do Deus Criador.
manuelmelobento
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Saturday, September 09, 2006

POR FAVOR NÃO INTERROMPAM O SENHOR

MAHMOUD AHMADINEJAD:

...CINCO, QUATRO, TRÊS, DOIS, UM ...
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Wednesday, September 06, 2006

JERÓNIMO DE SOUSA

Líder do PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS


"Quem luta pode perder ou ganhar. Quem não luta perde sempre!"

in SIC/Notícias, 4.9.06 Posted by Picasa

Monday, September 04, 2006

DOUTOR REIS LEITE

" Acho que as autonomias atravessam um
período negativo na relação com o Estado."

in RTP/Açores
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Friday, September 01, 2006


“NÃO HÁ FUMO SEM FOGO

Nunca fumei. O meu pai, que também não fumava, orgulhava-se disso, porque ele pensava que era o facto de nunca me ter proibido de fumar que me levara a não pensar numa norma a transgredir. Não sei se foi por isso. Em dada altura, por influência do exemplo do meu professor Mário Dionísio, ainda tentei o cachimbo. Percebi (e mais tarde confirmei com David Mourão-Ferreira) que era uma trabalheira imensa, para a qual não tinha pachorra, e que não me parecia compensar. Ao cabo de algumas semanas, desisti. E nunca mais peguei em cachimbo ou cigarros.”
Público, 31 de Agosto de 2006

Mortos Joaquim Paço d´Arcos e Vera Lagoa, surge-nos no panorama intelectual português Eduardo Prado Coelho. Ainda bem, pois a lacuna de que sofríamos foi superada por este Professor Universitário do pós 25 de Abril. Convém, também, afirmar que seria académico mesmo que a revolução florista não tivesse recebido da populaça o apoio incondicional. “Nunca fumei.” De facto, olhando para o filho de Jacinto Prado Coelho, ser-nos-ia difícil vislumbrá-lo de cigarro no canto da boca a beber um copo e a namoriscar. Porém, o mundo da abstracção é muito pródigo na apodioxe. Quatro linhas após tal afirmação antitabágica ei-lo a confessar que tentou o cachimbo, o que representava uma trabalheira imensa. Para ter este raciocínio foi necessário a ajuda do beato encapotado Mourão-Ferreira (uma espécie de intelectual-pagão-poeta ao estilo português das confusões do intelecto mixordeiro). Não tinha pachorra para, naturalmente, carregar o tabaco no cachimbo. E, segundo o Professor Universitário, não compensava. Ao cabo de algumas semanas desistiu. Não se sabe se era por não conseguir colocar o tabaco na boca do cachimbo. Calculo que para EPC seria um exercício difícil. Porém, não podemos confirmá-lo. Diz ele que nunca mais pegou em cachimbos ou cigarros. Supõe-se pelas palavras escritas que deixou de fumar cachimbo ou cigarros. De outro modo, que significaria deixar de pegar em cigarros e cachimbos? Com Joaquim Paço d´Arcos ausente por morte, vai ser difícil deslindar se se trata de uma dimensão metafísica ou se pegar é mesmo pegar/segurar. Nunca mais segurou o cigarro... Segurava o cigarro sem fumar? Também serve. Dá aquele ar de... Eduardo Prado Coelho Professor Universitário. Era este mesmo que ao falar nos confundia quando se expressava. Nunca quer dizer nunca mais. E nunca? Quer dizer nunca mais. Nunca pensei! Nunca mais pensei! Nunca li Eduardo Prado Coelho! Nunca mais leio Eduardo Prado Coelho! Também serve!
manuelmelobento
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EDUARDO PRADO COELHO

Já a seguir um pequeno ensaio sobre um dos mais dotados pensadores portugueses.
por
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