Saturday, August 12, 2006


O SENHOR MÁRIO MESQUITA E OS AÇORES

Portugal arde tanto ou mais do que o ano passado. O mesmo ministro, as mesmas bocas e sobretudo o mesmo fogo um pouco mais quente e alastrador. Prevenção? Nenhuma! Temos imbecis a governarem-nos? Não, nada disso. O que se passa é o costume. E o costume é Portugal. Portugal fecha para férias? Sim! É o costume! Morrem bombeiros, as casas dos pobres ardem e passados dois ou três anos lá vai o Presidente da Junta entregar uma casita toda remodulada e com casa de banho como acto político. Os merdia não perdem pitada! Coisa boa diz o novo inquilino! Se todos os anos é a mesma coisa por que razão havemos de estar a falar do mesmo? Convém. A questão é política. Mas não era sobre isso que eu queria escrever. Começo por Eduardo Lourenço. Uma grande cabeça portuguesa que vive em França. Bota faladura sobre o país que abandonou por motivos políticos. Vem a férias quando calha e sabe tudo o que por aqui se passa. Parabéns! O que fez para melhorar a vida dos portugueses? Nicles! Escreve e escreve muito. E depois? Depois tem espaço nas televisões. E quando morrer não se falará de outra coisa durante o tempo que os amigos estipularem que assim seja. Jorge de Sena, que já morreu, escrevia-se com Sofia. Eram cartas para cá cartas para lá. Uma treta de pieguices burguesas. O dr. Vamberto de Freitas disse que aquelas cartas eram imperdíveis. Para a literatura de mezinha de cabeceira, está-se mesmo a ver. Se eu fosse escrever sobre intelectuais que escrevem acerca de Portugal ao longe com a barriga cheia, nunca mais chegava a Mário Mesquita, indigitado para a FLAD. Qualquer coisa que por cá não sabemos o que é a não ser que o senhor Rui Machete toma conta há anos para benefício dos Açores... Mário Mesquita é um colaboracionista açoriano em Portugal. Usa os Açores para passar férias e para necessidades fisiológicas. Que eu saiba o resto é treta. Hoje, é professor de jornalismo a nível universitário. Sabemos que o jornalismo em Portugal está pior do que no tempo do ditador Salazar. É muito simples, aqueles que não alinham com as directrizes políticas do poder central deixam de ser jornalistas. Empregam-se noutras áreas para sobreviverem. O senhor Mário Mesquita colabora na imprensa portuguesa. Como o faz? A fazer fretes! Os Açores para ele não são motivo de política expressiva. Quando for tão honesto nas suas análises sobre esta parcela - que ainda é colonizada - como o faz acerca de Portugal, o senhor Mário Mesquita perderia todas as mordomias que lá tem papado. Ver-se-ia a mendigar um emprego na SATA ou em algum balcão de fazendas. Para ser escolhido como primeiro açoriano para um alto cargo na FLAD o senhor Mesquita não é açoriano. Aliás, nunca o foi. É mais um que serve o sistema. E sistemas sempre tivemos para que sejamos uma espécie de portugueses de segunda. É o senhor Mesquita um intelectual? Sou o primeiro a confirmá-lo. Mas um intelectual muito duvidoso no que diz respeito aos Açores. Lembro-me de o senhor Mesquita falar em Henrique Tenreiro, um grande fascista, comilão e cheio de tachos. Era, sim senhor! E o senhor? Quanto ganha? Diga-nos! Que tachos tem? Diga-nos! É que eram tantos os tachos de Tenreiro que a malta ficava confusa. E o senhor quantos tem? É só para comparar... Mais um? E Porquê? Para fazer sair os Açores deste saque? Oxalá que sim. A malta adorava uma análise das suas sobre os Açores, mas, claro, vista de cá. De onde o senhor saíu e nunca mais voltou...
manuelmelobento
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