Saturday, August 05, 2006


Por uma questão de coerência a que me obriguei devo dizer que o telejornal das 20.00h de hoje, sábado, dia 5, foi uma boa surpresa. A apresentadora Patrícia Tavares tomou conta da pantalha com personalidade e domínio que caracterizam os bons profissionais. Sem tiques e com uma voz segura e bem colocada (por exemplo, Manuela Moura Guedes teria muito a aprender com ela, pois Patrícia não precisa de fazer trejeitos com a boca, lábios e nem com o cabelo para prender a atenção dos telespectadores) obrigou-me a ver com outros olhos a apresentação das várias peças. Eu confesso que tenho preconceitos políticos acerca da RTP/Açores, e isso faz com que eu não seja totalmente imparcial quando a ajuízo. Nada posso fazer contra isso senão anunciá-lo. A televisões na sua maior parte criam figuras públicas não pelo seu valor profissional mas mais pelo espantalho com que alguns se transformam para catapultarem o facies e de pulo em pulo acabarem por atingir o estrelato. Como não é o caso aqui fica o registo. Antes do mesmo telejornal, a RTP/A mostrou uma peça sobre os Ginetes. É sempre a mesma coisa. Passa ano e entra ano e só quando dói os dentes é que nos lembramos do clínico. Nemésia Furtado, a Presidente da Junta, demonstrou como o micaelense pode dominar a língua dialectal portuguesa de uma forma brilhante. Ao contrastar com a clareza dos argumentos estava aquilo para que foi relegada a freguesia dos Ginetes. Julgo ser necessário preparar a costa de São Miguel com antecedência. De outro modo a política de realizações está calendarizada pelos lamentos que cada Verão carrega. Não passam de lamentos de lamentos. O Casino “Imperial” está aqui está pronto e o resto? Não há gente inteligente que se afoite a coordenar este período de todas as realizações políticas com equilíbrio e previsão? Este telejornal teria nota máxima não fosse a presença oficial do dr. César nos tempos de antena inventados e a querer que todos juntos façamos uns Açores modernos e competitivos. Foi uma boca de Verão. O Sol queima e às vezes faz-nos vítimas de miragens. Isto é uma democracia. E esta caracteriza-se pelos partidos passarem todo o tempo a destruir e a criticar negativamente os adversários, principalmente os que estão no poder. Para acabar, devo dizer que neste telejornal as mulheres estiveram em maioria de qualidade e isso repercutiu-se no computo geral. Ainda bem, já basta de Partidos de Deus. Puxa!
manuelmelobento
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