Monday, September 25, 2006


A POLÍTICA DO ARRECUO

O que vai seguir-se no folhetim Madeira/Nova Lei das Finanças Regionais está ao lume. Para Alberto João Jardim começa uma nova etapa política. De definição? Parece-me que não! A Madeira está definida politicamente no quadro português. Só resta à Madeira recuar (nas bocas, claro). Portugal, Madeira e Açores estão condenados a ser um só e um não só ao mesmo tempo! São coisas que só nós sabemos fazer. É uma espécie de oportunismo face à nossa maneira de sobreviver e ao respectivo treino centenário. Todos os povos têm a sua. Haverá de futuro, uma maior prática harmónica de descentralização de órgãos políticos de decisão. Com a medida restritiva que corta à Madeira uns bons milhões de euros (fala-se em quarenta), o Governo socialista vai abrir a bolsa do liberalismo como contrapartida. O contrário seria um reviver de uma cultura colonial. Com os nacionalismos da União Europeia a reacenderem-se, Portugal teria de reformular atitudes pacíficas de combate às aspirações dos habitantes das ilhas, isto porque terrorismos não fazem parte de reivindicações arquipelágicas. Não mexendo na base popular de apoio, consubstanciada no emprego público e nas ajudas sub-reptícias que mantêm as ilhas como zonas de quase lazer, Portugal toma um sentido indiscutível de amigo e de Pátria fundadora. Esta política racionalista e emotiva tem tido os seus frutos no anular de uma identidade ilhéu. Prolonga-se aquilo que se mete pelos olhos dentro. Mas, que passa despercebida conscientemente pois a cumplicidade está transformada numa mornaça económica. Ainda bem para o povo. Porém, o património esgota-se para um certo capital de grupo que os ingénuos desconhecem e que não habita por cá. Comparando com o resto do mundo que vive atribuladamente vamos dar-nos por satisfeitos. É uma atitude inteligente. O que é raro. Ah! E a Madeira não vai fugir à regra. Jardim passará à História da Madeira como um dos grandes. Não comparando, é como os Grandes de Espanha que fizeram Espanha – a Grande Espanha. A Madeira nos tempos mais próximos vai a contas. E por que não? Não tem nada a temer. Não foi ela que fez a revolução. E esta já não pode ser recordada a não ser para os livros de História por causa da memória que é curta.
manuelmelobento
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