Sunday, September 17, 2006

AS PALAVRAS PRECISAM DE PRESERVATIVO


Bento XVI assumiu uma posição assustadoramente imperialista e europeia.

O QUE FALTOU DIZER

Não passa pela cabeça de ninguém que uma das pessoas mais cultas deste século, professor numa das mais prestigiadas universidades do mundo, tivesse proferido uma série de conceitos conjugados societariamente no destempero e na distracção. Nunca um bispo nem mesmo um simples cónego fariam tal “leitura” imperial. E porquê? Precisamente porque estariam envolvidos num escândalo e teriam de se retractar caso essa não fosse a intenção do Vaticano. O Papa programou todas as etapas para justificar aquilo que entendeu ser o seu papel de Imperador Europeu. A Europa tende a condenar os “feitos” dos americanos (os ingleses já estão a tornear o seu papel de cúmplices pois vão dispensar os serviços de quem os atolou - Blair), embora no início tivesse havido uma espécie de acordo táctico no apoio à guerra de retaliação ao 11 de Setembro. Os europeus perceberam, que uma vez os Direitos do Homem caídos na ignomínia pelos defensores da democracia, da boa justiça e dos bons “cowboys”, estavam a dar cobertura a uma segunda edição do Holocausto - muito mais descarado e violento - que tinham em consciência de optar. Ainda há muito indeciso acerca dos valores da actual Cristandade... O Papa apercebendo-se desse resvalar da opinião pública para com com as vítimas (cem civis – entre crianças e mulheres - morrem por dia no Iraque) não tinha outra saída político-religiosa para estancar essa previsível e perigosa viragem senão falar. O alerta estava feito. Frio e calculista eis o Académico-Papa! Fizeram (os inimigos) uma interpretação errada às suas palavras. Sendo alemão e falando alemão deu origem a enganos... Não dá para chupar! Se ele representa o Cristo das duas faces esbofeteadas, da humildade e do perdão por que razão em vez de ajoelhar e retractar-se elabora um texto politicamente correcto e religiosamente intratável que não satisfez a quem hipoteticamente teria ofendido? Cristo está mal representado! Ora se está! Mas a questão não pára por aqui. O Papa é a cunha americana para as consciências europeias. Quem melhor do que ele para travar a suspeição que se está a levantar como tempestade do deserto contra a América com o impasse, o medo e o exame de consciência que a guerra está a criar? O Senhor Ratzinger fez um favor à América combinado com a administração Bush. O Papa sabe que pelo caminho que as coisas estão a tomar, nada melhor que uma Guerra Santa do nosso lado para que o poder não caia na rua, ou como quem diz se espalhe por outras seitas. Amen!
manuelmelobento
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