Monday, March 12, 2007



DO PORTUGAL PRÉ-LÓGICO AO GRANDE SOFISTA

Em 1789, os franceses deram origem a uma revolta popular – a velha e estafada Revolução Francesa – que terminou, três anos depois, com o assassinato oficial do Rei e da Rainha, vaiados pela ralé e decepados no cadafalso. Em seguida, o poder em França, caiu nas mãos de aventureiros que, mal se reorganizaram, deram início à pilhagem da Europa e arredores. Se não fossem os russos, em 1812, a imporem juízo ao exército de Napoleão, limpando o sebo a duzentos mil franceses, se calhar estávamos, hoje, todos a falar francês. Quando as tropas francesas nos vieram ensinar a sermos adeptos da liberdade, da fraternidade e da igualdade, o que mais recordamos foi o saque que fizeram a tudo que nos era sagrado. Desde violações a túmulos dos nossos reis até ao assassinato de jovens, essa escumalha de tudo praticou. Aprendemos com os franceses ou já tínhamos no sangue essa sanha criminosa? É que, também, matámos (1908) o nosso monarca e aceitámos a substtituição do regime monárquico pelo republicano, concretizado dois anos depois. Em 1910, o último monarca pôs-se em fuga para Inglaterra, onde acabou os seus dias. Em seguida, uma corja letrada e sequiosa de poder instalou-se nos centros de decisão acabando por dominar o erário público. Quatro anos depois, os chamados republicanos, enviaram para a morte milhares de soldados portugueses. Este assassinato deveu-se a opções políticas de indivíduos sem escrúpulos. Exemplo: Afonso Costa, chefe de fila do Partido Democrático (sacanagem, parece que só querem guerra) que ao mandar a juventude para a morte dizia que só assim podia manter o Portugal Colonial. Democratas de morte! Daí até 1926, o regabofe tomara conta do país. Até que, os militares - prevendo que por pouco não tinham que comer – se revoltaram e zangados, partindo da província, tomaram Lisboa em 1926. Em 1928, tiveram que ir requisitar um contabilista diplomado e com fivela de prata para tomar conta de uma nação que se tornara o palhaço da Europa. O homenzinho, treinado num seminário de padres católicos, onde se desenvolvem técnicas de obediência divina e se aceita pacificamente a pobreza como um passaporte para o Céu, conseguiu fazer passar a sua mensagem. Manteve esta “mensagem” quarenta e oito anos até que se desenvolveu um tumor interno. Outra vez os militares foram chamados para debelar a crise. Só que descabeçados, iletrados e despolitizados puseram-se a governar ajudados por um grupo de bem intencionados frequentadores de cafés. Resultado? O pior possível. Depois houve dois grandes momentos nacionais que vieram trazer alguma tranquilidade e aspirações de recuperação económica: a entrada para a União Europeia e a eleição de Cavaco Silva como primeiro-ministro. Esta loucura económica durou até 2004 com a construção de – imaginem – dez modernos estádios de futebol, já sob a batuta do afilhado do padre Melícias. Houve unidade nacional e gritou-se muito alto Portugal. No mesmo ano que o dinheiro enchia os bolsos dos caipiras lusos, duas crianças portuguesas, de origens humildes, necessitavam ser operadas no estrangeiro porque os hospitais do país não estavam apetrechados com tecnologia capaz. Para se poder pagar os custos da operação que poderia salvar as suas vidas foi organizada uma recolha de fundos junto da população penitente. No mesmo ano, o Presidente da República viajava juntamente com a sua corte pelo mundo inteiro à cata de piolhos, gastando dezenas de milhar de euros por dia; no intervalo das suas saídas deu posse a dois governos social-democratas. O primeiro era chefiado pelo servível mister Durão Barroso, conhecido pelas retiradas estratégicas. O segundo por Santana Lopes. Este não teve tempo de governar. Lacrimejante Sampaio, ex-PR, aproveitando uma ida daquele à Moda Lisboa despediu-o. E numa manobra política à Alberto João convocou eleições para salvar Portugal. Foi assim que nos entrou pela porta adentro Sócrates, o Grande Sofista. O homem que aprendeu com lacaio Barroso o segredo lucrativo do nacionalismo europeu. Sócrates começou por se inclinar para Espanha. Esta já não nos quer nem de graça. Deu-lhe com os pés. Não vai na cantiga de filhos pródigos. Prefere os outros filhos! A Nova Europa direitista, pró-americana, economicista, imperialista e a China são, para já, o nosso horizonte salvífico. Da maneira como o Grande Sofista está a preparar o país, não creio que tenha na mira o bem estar do analfabeto povo português (não aprende nunca) mas sim a sua entrega ao capitalismo internacional tal como fizeram os democratas da Iº República. Se é para beneficiar o povo, por que razão está a colocá-lo no desemprego, a desprotegê-lo na saúde, a tornar a escola insuportável, a viver recheado de impostos? Porra, isto até parece o salazarismo! Calma! Calma! Havia uma diferença: Salazar despachava directamente com Silva Pais. O saudoso torcionário. Vivemos em democracia. É o que nos vale…
manuelmelobento

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