Monday, January 29, 2007

AS PREOCUPAÇÕES DE ANA GOMES NUM PORTUGAL DEMOCRATICAMENTE SERVÍVEL

A política tem destas coisas… quando julgamos que os seus distintos constituintes não passam de uma classe de serviçais obsequiosos deparamos com um ou outro que foge à regra. Que se impõe como um ser bem pensante tendo em conta aquilo que rege - ou deve reger – moralmente as comunidades (devia dizer sociedades, porém este termo é demasiado pomposo e indefinível nos dias de hoje. Até os cartéis da droga se constituem nelas…). Quando uma mulher ou um homem reaparece para impor a legalidade de comportamento aos seus semelhantes, de início, é sempre bem vinda. Se insiste em levar adiante os seus honestos propósitos, então, a coisa dá para o torto precisamente para eles, os puros. Este tipo de comportamento “comunitário” faz-me sempre lembrar uma história de pistoleiros americanos. Conto breve. Numa certa cidade do oeste americano, as autoridades, não conseguindo acabar com os bandidos que a polvilhavam, recorreram a um pistoleiro para lhes tratar da saúde. O pistoleiro era um profissional e uma vez empenhada a palavra dada em contrato nunca falhava. Deu, pois, início a uma limpeza tendo como base toda a escumalha que não cumpria as leis. Isto é, assaltava bancos, roubava gado, assaltava os fazendeiros, violava as mulheres, matava nos bares só por causa de um par de ases, etc. A coisa ia às péssimas “maravilhas” para os incumpridores. Porém, as autoridades começaram a fazer contas e verificaram que havia mais bandidos do que pensavam (eles tinham as consciências pesadas porque os seus negócios também não eram muito límpidos…) e numa reviravolta diplomática organizaram uma comissão de trabalho para interpelarem o pistoleiro-justiceiro e obrigarem-no a parar com a limpeza. O pistoleiro que tinha recebido adiantado pelo arregimentado disse à comissão de trabalho que nunca deixava de cumprir as tarefas que jurara cumprir. Sendo assim, ia levar a efeito o que tinha sido acordado. O que ele foi fazer… Vou resumir. O pistoleiro pôs a cidade contra si… Chamaram-no de tudo e até se armaram para lhe dar cabo do canastro… Nem Ana Gomes é uma pistoleira-justiceira nem as nossas autoridades são impuras. Trata-se de uma comparação, e como tal coxa. Sendo assim, o que me parece é que Ana Gomes não está bem. Tem visões e diz coisas sem nexo acerca de aparições que nos colocam perante fenómenos que em Física Teórica se diz ser o efeito das lentes gravíticas que fazem aumentar o visado ou visto. As fotos que transmitem os prisioneiros acorrentados a passearem nos “nossos” aeroportos não são prisioneiros, são moças de alterne que vão ao encontro do sonho americano tentar a sua sorte com algum editor mais permissivo…Ora doutora Ana Gomes, com franqueza! Nesta hora em que Portugal é aliado dos Estados Unidos numa guerra contra o Iraque queria V.Exª. que o Governo fosse atirar ao ar segredos de justiça para que os nossos inimigos soubessem as tácticas utilizadas para derrotar os infiéis? Que se lixem as regras que levaram os dirigentes alemães ao patíbulo. O que determina o Direito Universal do Homem é letra morta. Somos humanistas e cristãos. Ora bolas! A senhora já teve razão. Mas só no princípio. Quando passou para o terreno começou a sua desgraça política. Nós temos um ministro dos Negócios Estrangeiros. É a ele que compete mentir ou dizer verdades em nome da hipocrisia em que nos atolámos. Não quero acabar esta diatribe sem mais um reparo. Como é sabido a base aérea da Terceira, território português até aparecer um Felipe II, tem um único patrão ou dono: os Estados Unidos da América. Penso que sabe o que isso significa. Eu sei. Eu sou açoriano. Quando a administração americana era composta de gente séria e cumpridora e pagava o aluguer quem ganhava com isso era Portugal a quem a malta chama Continente. O cacau era por nós (ilhéus) visto por um canudo. Depois de filtrado pelas boas consciências nacionais caíam-nos uma migalhas. Para fazer frente a uma ditadura feroz como é a americana era necessária uma diplomacia chefiada por si e não pelo rapaz de Porto de Mós. Porém, isso é impossível. Só materializável se o Partido Socialista fosse oposição. A sua entrevista na SIC foi um momento alto politicamente pensando. Tão alto como quando os democratas escreviam no diário de Lisboa ou da República contra a ditadura. No tempo das “eleições”, claro está! Lembra-se da CEUD ou mesmo da CDE? Aquela esquerda é que era! O pior foi quando passou a ser… aquilo que é hoje…
manuelmelobento .




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