AMANHÃ PORTUGAL É PAULETA
Se eu tivesse alguma explicação sobre os efeitos que o futebol exerce sobre mim em determinadas épocas (pudera, não pode ser sempre), seria certamente um “autognósico” encartado. Ponho de lado Vasco da Gama, Inês de Castro, Vasco Pulido Valente, Cavaco Silva, Marquês de Pombal, Salazar (depois de ter caído da cadeira), etc. Vasco da Gama foi à Ìndia à procura da droga dos tempos idos. Pimenta, caril para os frangos. Não passou de um fomentador de cirroses e de tragédias. Inês de Castro, um caso à parte na história universal, pois, tornou-se portuguesa por óbito dela própria. Coisa que as imigrantes brasileiras e de leste, de hoje, estão muito longe de desejar. Preferem um visto temporário. Dá mais garantias. Vasco Pulido Valente é o cronista do reino que transforma os políticos em idiotas e os idiotas em políticos. Deixou a política a tempo porque teve como Mestre Heraclito. Sem acento como Manuel Antunes pronunciava. O Marquês de Pombal, tido como assassino dos Távoras, admirador de Dom João II nos finalmente: a faca na liga fê-lo estadista. Pombal mais inclinado para o espectáculo de massas era adepto do garrote. Salazar, o beato dos arranjos dos altares matutinos, a quem a História acusa de ser o mandante da morte de Delgado, entre uma oração e duas missas, escapou da barra do tribunal porque uma cadeira mal amanhada resolveu fazer de “Baltazar Garzon” dos entalhadores. Cavaco Silva, o da pirâmide à portuguesa, remeteu momentaneamente as mulheres para as “passerelles” e para o desmame das crias. Uns não passaram de assassinos, outros verdadeiros atrasos de vida. Excluo Pulido Valente, porque prefiro a sua prosa de mente climaticamente higiénica à de Camões a quem odiei por ter de dividir as suas invenções em sintagmas verbais e nominais, durante anos. Em vez de ir pedir conselhos à Rainha Santa, a que enganou o marido, foi acordar os velhos deuses da Grécia Antiga. E tudo para mamar uma miserável tença de quinze mil reis (reais?, já nem me lembro). O que conseguiu, diga-se. Já nem falo de Dom João I (filho de Dom Pedro I, o cruel/justiceiro que mandou matar um marido por ter violado a mulher e cometeu outros crimes de morte com as suas mãos) que mandou erigir o Mosteiro da Batalha em honra dos sacanas dos ingleses que vieram dividir a Península Hispânica para impingir os seus produtos. Por isso foi castigado. Obrigaram-no a casar com um coiro real inglês que nos levou a ir roubar os bens dos árabes a Ceuta. Só passados quinhentos e cinquenta e nove anos é que voltámos para trás, onde encontrámos um país feito em merda. Mais vale o Centro Cultural de Belém. Porra !, lá estou a dizer bem de Cavaco. Já que está deixa estar. É isto, o Mosteiro da Batalha marca o tempo dos roubos pelo Mundo fora para dar aos filhos de puta dos ingleses e sustentar os chulos nacionais (Alto Clero, Nobreza e Burguesia)........ E temos Pauleta que amanhã nos colocará nos oitavos de final. Com um golo (amanhã marcará dois, é por Vénus ( a venérea) que o juro). Este é o meu Portugal! O Portugal do golo. Para onde me hei-de voltar se Amália já morreu, a vidente Lúcia foi para o céu e o Eusébio já foi destronado? Ah, querido Pauleta! Salva-nos! Que alegria vais dar aos teus pais, a meu irmão Carlos e a todos os portugueses vivos que até amanhã não morram.
NOTA: Minha mulher, que é de História. ficou chocada com os meus palavrões. Pensei retirá-los. Só que me lembrei de um outro grande filho de puta de nome Beresford que mandava em Portugal no século XIX. Este assassino mandou enforcar o tenente-general Gomes Freire de Andrade e outros portugueses porque procuraram afastá-lo do poder. Custa-me ser ordinário, mas não reformulo o texto.Manuel Melo Bento
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