Tuesday, June 13, 2006


LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Sem liberdade de expressão e de pensamento nenhuma sociedade se liberta. Nenhuma comunidade se desenvolve. Nos Açores a liberdade de expressão está condicionada. É livre, mas arranjaram-lhe fronteiras. Umas são de carácter económico outras tipicamente psicológicas. A imprensa escrita está sujeita a estas muralhas da "reacça". A imprensa escrita depende dos seus clientes mais directos: as grandes empresas, os anúncios governamentais e as avenças oficiais encapotadas. Os directores dos órgãos de comunicação pouco ou nada dizem nos seus editoriais que possa mexer com interesses estabelecidos ou a estabelecer. São muito poderosos esses interesses. São eles uma espécie encapotada de accionistas. Apesar de nunca estarem presentes nos conselhos redactoriais comandam-nos à distância. "Dizem" como é que se deve orientar a "zona crítica". O jornalismo livre, politicamente falando, é incómodo. Os que o praticam, apesar de prestarem um serviço de relevo, são escorraçados das redacções. Penso, até, que não chegam a entrar. Há excepções, e elas existem. E o que é extraordinário é que quanto mais rica é a empresa que domina esses órgãos mais liberdade e crítica propalam. São as contradições e antinomias da sociedade humana. Hoje, o governo democrático, que se esgueira através da comunicação, só tem como inimigos os trabalhadores. Há governantes que acusam os sindicatos de estarem permanentemente em luta. Dá para rir! Que queriam que fizessem? Atrás dos governantes vêm os empresários, que habituados sempre às grandes margens de lucros, destroem o tecido laboral. Hoje, o que mais se vê é a criação de um clima de autêntica insegurança no trabalho, que salta para o ambiente familiar e daí para a sociedade em geral. A ganância, por vezes, para resolver questões imediatas não percebe que é preciso refrear as grandes apetências. É que, posteriormente, os custos com que se sacrifica a população activa é como uma onda devastadora que ninguém segura. Se uma facção partidária apresenta um programa eleitoral para uma política de desenvolvimento económico e depois de alcançar o poder apenas toma medidas de crescimento económico algo está mal e tem de ser julgada. Há coisas que não lembra ao Diabo! Quando votamos parece que elegemos os nossos futuros inimigos. Tempo haverá em que a democracia terá de arrepiar caminho. De outro modo a malta nunca mais dirá: tá-se bem meu...
mmb
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2 Comments:

At 3:02 PM, Blogger João Pacheco de Melo said...

A propósito;

Não sei bem porquê - nem me quero por a imaginar, não vá aumentar a "minha mania da perseguição" -, mas o meu último "post" desapareceu sem eu lhe tocar!?!?!?

Vamos a ver se é só algum problema passageiro!

 
At 6:47 PM, Blogger azorpress said...

Lê o email que te enviei. Estive agora mesmo a verificar e ainda está na lista das postagens. Nem eu quero que saia. Percebes disto?
Como resolver o desaparecimento de uns tantos "posts"
mmb

 

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