Monday, June 19, 2006

É PRECISO DEVOLVER O SOCIALISMO AOS SOCIALISTAS...

A tragédia não é mais do que uma acção que tem em vista o caminho (asneira!) para a verdade e de uma forma superior de imitação... de imitação?... Sim, há muito que li Aristóteles! Nem sei bem se ele disse isso na "Poética". E já é tarde para ir relê-lo. Emprestei o livro! Nunca mais o vi. Quanto à lógica estamos entendidos. Nunca fui grande coisa a raciocinar. Pelo menos é disso que me acusam: nem na "tragédia" nem na "lógica"... Será que os socialistas portugueses imitam o socialismo? Imitam? O quê? Não sei! Eu já não sei nada. A política passou-me ao lado. Nunca a levei a sério. De preferência, ponho as amizades acima de tudo. Tenho amigos do peito da extrema esquerda à extrema direira... Para uns sou um perigoso reaccionário. Para outros, um traidor à classe. A minha classe é aquela que é obrigada a comer para não ficar fraquinha, a usar o banho com regularidade para ir ao médico e também para no caso de algum engate acontecer não ir fazer má figura (não dizendo nada a ninguém a não ser aos íntimos... cavalheiro...), a exigir a herança dos progenitores para adquirir pátina (oxidação muitas vezes forçada) , a ter de vestir à altura, a dar o passeio às senhoras, a não dispensar a criada (ai dela se me ia deitar sem a vira da cama feita), a respeitar os mais velhos e pessoas importantes, e uma série de regras que hoje estão ao alcance de todo o mundo. Até já temos a Dona Bobone para sermos muito mais completos. Não sendo nem da nobreza nem da classe alta, não me posso queixar. O que aprendi sobre o socialismo aconteceu lendo. E não só. Também ouvi muitos gritos de punho fechado. A maior parte desses punhos, hoje, estão bem abertos, bem lavados e até ajudam a levar a comida à boca em garfos de inox em certas ocasiões e de prata noutras. Já trabalhei numa fábrica. Um dia apenas. Fugi. Custava muito. Recuperei pedindo desculpa a meu pai e uma mesada. Foi o que me salvou. Talvez fosse, hoje, um esquerda convicto. A verdadeira luta passou-me ao lado. Eu sou um esquerda falso. É uma porra, mas é a verdade. Tenho o sentido da justiça. A justiça socialista. É um acto burguês! Nunca esteve nas minhas mãos praticá-la. Talvez a aproximasse dos textos o mais possível. Talvez. Estando atento às pessoas que se identificam com o socialismo e que alcançaram o poder, não percebo a sua actuação. Não percebo mesmo. Meu avô Carlos, que era de uma direita dura na prática, se tivesse tomado o poder governaria como os actuais socialistas. O pobre: pobre ao nascer, pobre ao viver! Perspectivas: servir de serviz/cachaço baixo. Agradecer o facto de se lhe darem trabalho. E ele sempre com os seus bens resguardados pelas forças da ordem e da segurança. Ele e muitos... Mas, será meu avô quem está a governar? Eu penso que sim, mas por interposta pessoa... Eu já nem leio a Constituição portuguesa. Só falta escreverem nela o terceiro segredo de Fátima, as profecias de Medina Carreira e o pensamento do criador do Estado Novo com a redacção actualizada de acordo com a nova norma ortográfica. Portugal tem os mesmos problemas de há duzentos anos. Disse-o Diga lá Excelência Pulido Valente. Será verdade? O homem é historiador! Vou crer nele. Se os socialistas estão numa de direita, onde está a direita? Na Banca? Nos financiamentos ao Estado? Dormindo à beira das burras recheadas para estarem calados? Ou eu muito me engano ou terei de votar em Jerónimo de Sousa nas próximas eleições para a Assembleia da República. E isto só para sentir o gosto das conversas (com copos à mistura) de esquerda que a malta tinha no tempo da outra senhora. Só para isso porque eu não posso baixar de burguês para proletário. Como? Dar numa de revolucionário? Ainda me chamavam reacça. Porra! Está tão bom assim. Para mim e para todos os burgueses acomodados como eu...
mmb

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