Sunday, July 02, 2006

FLOR PEDROSO RECUA E MARCELO PREPARADO, QUAL PROFESSOR ESTAGIÁRIO COM AULA ASSISTIDA, CUMPRE O PLANO DE UNIDADE LECTIVA NUM BATETELEPAPO DE SALÃO.

TELEMARCELO

O Professor, ao contrário de há duas semanas, esteve mais contido no espectáculo que costuma (bem pago por todos nós – a malta) oferecer regularmente aos telespectadores. Quem estiver atento às análises de todo o tipo que surgem na comunicação social verificará que Rebelo de Sousa não foge muito ao miolo dos vários coluna-pensares da nossa maior urbe. Maria Flor Pedroso não esteve à altura dos seus bons momentos. Desta vez, fez de professora de ciclo preparatório a substituir o professor de Religião e Moral. O que houve foi pergunta/resposta. Sem tomar posição crítica às questões que Flor lhe colocava, o Professor remeteu-se ao comentário leve e ligeiro. A invasão da Palestina e subsequente prisão de sete dos seus ministros pelas “Forças Armadas” israelitas recebeu “um nada que me comprometa”, pois ou a sexta personalidade mais poderosa de Portugal está a criar uma espécie de fundo de credibilidade pessoal para outros voos ou está numa fase descendente. Depois, veio à baila as bocas foleiras do Portugal casapiano (no sentido de irresponsabilidade do Estado e seus dirigentes para com as suas instituições) e “bocagiano” de Fernando Ruas. Oh, senhor Professor! Como é que a autoridade fiscalizadora pode ser considerada se aqueles que são eleitos para representarem o povo são os primeiros a pedir que a malta os lapide. Fernando Ruas pedia desculpa e pedia também de imediato a demissão dos cargos oficiais. Estamos na Europa só para estendermos a mão à pedincha? E a cidadania onde fica? O senhor tinha de se pronunciar higienicamente. Não o fez! Amanhã vamos todos apedrejar os fiscais das Finanças (IRS e IRC) assim que quiserem saber como é que se vive com ordenado mínimo e se vai de Mercedes SL com motorista depositá-lo na conta bancária. Disse de Jardim delicadamente aquilo que os seus inimigos o fazem desabridamente. No “azorespublicum” irei tratar do assunto da comparação do governo de Santana com o de Sócrates... Jardim está na oposição. Se calhar devia ter pedido ao Zé das Medalhas alguma condecoração antes deste sair de Belém? Esteve bem na crítica à venda de armamento que foi comprado e não utilizado. Devia ter sido mais duro e exigir (é a sexta pessoa mais poderosa do país) um inquérito judicial... Não lhe ia cair os dentes! À Ministra da Educação pespegou-lhe elogios. O senhor está como ela que quer colocar num moribundo um cérebro novo. Um remendo novo num fato velho... a minha antiga costureira, a dona Alexandrina, não aconselhava. De resto, foram banalidades. Muito longe está o Professor daquele Marcelo que paralisava o país quando ia para o ar. O Professor continua no ar, porém , sem movimento. Já nem sei o que isto significa. Estou como os alunos que não percebem, melhor não sabem interpretar o português. A questão é que mantendo-se o significante o significado é pertença das estratificações sociais... e o povo desconhece ambos em certas áreas. Pergunte-lhes se eles sabem o que é “um fora de jogo” no terreno das interpretações. Eu que sei ler há já bastante tempo (e que às vezes sou asinino) levei muito tempo a destrinçá-lo. E, ainda digo, entre outros epítetos, fora o árbitro quando numa de iliteracia a bola e o pé não acertam no cuspo. Explicando melhor, o João Pinto, jogador da selecção portuguesa, quando discordava do árbitro sovava-lhe o estômago. O professor acabou a sua prelecção semanal aconselhando como uma das possíveis leituras um livro sobre futebol... Sendo o senhor Professor um prestador de serviços à televisão do Estado, eu gostaria de saber como é que foi feito o seu contrato. E, se está contemplado no Diário da República a verba? Já agora,o Professor podia levar para uma das suas conversas, a questão dos dinheiros públicos que circulam nas diversas televisões do Estado, assim como as ajudas a fundo perdido (para a opinião pública) para outros meios de comunicação. Já agora...
manuelmelobento.
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