Saturday, January 17, 2009


(continuação)

PACTO DE RACIOCÍNIO – Bloco 2

A existência – tida como um movimento – no presente é um registo. Trata-se de um registo tomado pela consciência de algo. Toma lugar posteriormente ao dado (o fenómeno). Por essa razão não passa de um registo. É um registo passado. De que outro modo poderia ser? Uma paragem sobre o registo relega este para o não real ou aquilo que já foi, na medida em que o movimento é um dado universal, o que é confirmado pela observação. Nada está parado em relação a coisa nenhuma. Basta pensar que o tempo não pára para o observador humano. O movimento não pode ser captado no sentido de segurado. O movimento só pode ser entendido e, claro, registado como tal.
Para o ser humano só o futuro – aquilo que passará (está a passar, há-de passar) é aceitável como movimento. O registado não é movimento, é uma relação do movimento: uma cópia do que foi.
O homem pode especular sobre o registo (registado) tanto quanto o pode fazer com o futuro. E, neste caso, só pode tratar-se de previsões.
A especulação sobre um registo está sujeita ao ângulo de visão de cada um. Daí ser variável. Prever o futuro será, pois, mais "rigoroso". É que aqui se pode encontrar uma confirmação aquando da interpretação do registo ou a sua negação. Assim, se a especulação sobre o registo permite uma multidão de opções interpretativas, o futuro facilita a compreensão das coisas até que se lhe questione a validade. Entenda-se que a compreensão das coisas é uma construção a ser realizada ou que pode vir a ser realizada.
Até hoje não existe uma validade universal de qualquer registo se o compararmos com o que o rodeia. “Deus não joga aos dados”: como se enganou Einstein. Os dados até pararem são o futuro. Quando param os dados – em relação a qualquer coisa – são mais um registo aglutinador de confusões, para nós, humanos, claro está!
(continua)
mmb

1 Comments:

At 4:13 PM, Blogger Catarina said...

Ora pois er mesmo consigo que eu queria falar.... Catarina " Rotas"

 

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